Não há diferença fundamental entre o Homem e os animais nas suas faculdades mentais. Os animais, como o Homem, demonstram sentir prazer, dor, felicidade e sofrimento.
quarta-feira, 25 de julho de 2012
Biologia e Saúde: Primeira vacina contra a dengue combate três tipos...
Biologia e Saúde: Primeira vacina contra a dengue combate três tipos...: Laboratório francês desenvolveu medicamento e realiza testes com o produto. Lançamento da vacina para o mercado pode ocorrer em 2015. ...
Primeira vacina contra a dengue combate três tipos virais da doença.
Laboratório francês desenvolveu medicamento e realiza testes com
o produto.
Lançamento da vacina para o mercado pode ocorrer em 2015.
A primeira vacina do mundo contra a dengue, desenvolvida pelo laboratório francês Sanofi SA, demonstrou a capacidade de proteger contra três das quatros cepas virais causadoras da doença, de acordo com resultado de um aguardado teste clínico na Tailândia.
A Sanofi disse nesta quarta-feira (25)
que a prova de eficiência é
um marco importante nestas sete décadas de luta para desenvolver
uma vacina viável contra a dengue, e que os resultados também
confirmam que a fórmula é segura.
um marco importante nestas sete décadas de luta para desenvolver
uma vacina viável contra a dengue, e que os resultados também
confirmam que a fórmula é segura.
Outros laboratórios estão trabalhando em
vacinas contra a doença, mas o produto da Sanofi está anos à frente. A dengue,
transmitida por mosquito, ameaça quase 3 bilhões de pessoas no mundo, sendo
milhões delas no Brasil. A contaminação por uma cepa viral não garante imunidade
contra as outras três.
A vacina da Sanofi gerou uma resposta
imunológica às quatro cepas, mas só houve comprovação da sua eficácia contra
três delas. A Sanofi disse estar realizando análises para entender a
resistência do quarto tipo, e que a Fase 3 do teste clínico poderá indicar se
isso tem relação com alguma situação específica da Tailândia.
O estudo da Fase 2B, envolvendo 4.002
crianças tailandesas de 4 a 11 anos, foi realizado durante um surto de dengue,
o que pode explicar o resultado inesperado.
Lançamento pode ocorrer em 2015
O analista Mark Clark, do Deutsche Bank,
disse que a falta de proteção contra o quarto tipo do vírus significa que o
lançamento comercial da vacina é mais provável em 2015 do que em 2014, pois a
Sanofi aguardará a Fase 3 antes de protocolar o pedido de registro em alguns
países.
"Mais positivamente, como a
proteção contra pelo menos três dos quatro tipos virais foi demonstrada, os
dados amparam a possibilidade de lançamento dessa enorme necessidade clínica
não-atendida",disse Clark em nota de
pesquisa.
A Sanofi Pasteur,
unidade de vacinas do laboratório, já investiu 350 milhões de euros (US$ 423
milhões) em uma nova fábrica na França para produzir a vacina, que é
administrada em três doses. A empresa prevê um faturamento anual de 1 bilhão de
euros com o produto.
Os dados completos do
estudo ainda estão sendo revistos por especialistas e autoridades de saúde, e
devem ser divulgados ainda neste ano. A Fase 3 do estudo, com 31 mil
participantes, está sendo realizada em dez países da Ásia e América Latina.
Nos últimos 50 anos, o
número de casos da dengue no mundo se multiplicou por 30.
A Organização Mundial da Saúde estima que haja 50 a 100 milhões de novos casos por ano, mas muitos especialistas avaliam que essa cifra, da década de 1990, está subestimada.
A Organização Mundial da Saúde estima que haja 50 a 100 milhões de novos casos por ano, mas muitos especialistas avaliam que essa cifra, da década de 1990, está subestimada.
A doença mata cerca de
20 mil pessoas por ano, especialmente crianças.
Você já ouviu falar em LABIRINTOPATIAS?
O que é a labirintopatia
A labirintite é uma doença decorrente de alterações metabólicas e vestibulares que atinge muitas pessoas, no geral, depois dos 40, 50 anos, mais atinge pessoas de todas as idades (inclusive crianças), no entanto, o termo é impróprio, porém, comumente usado para designar uma afecção que pode comprometer tanto o equilíbrio, quanto a audição do indivíduo, isso porque afeta o labirinto.
Diagnóstico
A labirintite é uma doença decorrente de alterações metabólicas e vestibulares que atinge muitas pessoas, no geral, depois dos 40, 50 anos, mais atinge pessoas de todas as idades (inclusive crianças), no entanto, o termo é impróprio, porém, comumente usado para designar uma afecção que pode comprometer tanto o equilíbrio, quanto a audição do indivíduo, isso porque afeta o labirinto.
O labirinto é uma estrutura do ouvido
(parte interna da orelha), que a cada instante detecta a posição do corpo e
envia sinais às estruturas cerebrais relacionadas ao equilíbrio. O labirinto é constituído
pela cóclea e pelo vestíbulo. A cóclea é responsável pela audição e o vestíbulo
responsável pelo equilíbrio.
Muitas são
as causas de labirintopatias: os níveis aumentados de colesterol,
triglicérides e ácido úrico podem acarretar alterações dentro das artérias, que
reduzem a quantidade de sangue circulando nas áreas do cérebro e do labirinto.
A hipoglicemia, otites, hipertensão, diabetes,
o uso de álcool, fumo, café e de certos medicamentos, entre eles, alguns
antibióticos, anti-inflamatórios, estresse e ansiedade, são considerados
fatores de risco para a labirintite.
As causas também podem ser
decorrentes de problemas musculares, ligamentares e de alguns outros
componentes da face que, por não estarem na posição de conforto, acabam
comprimindo a artéria que irriga o labirinto, levando a uma redução de seu
volume sanguíneo, podendo ocasionar no paciente, sintomas relacionados ao
labirinto.
Sintomas
Geralmente os sintomas característicos
das labirintopatias são tonturas e vertigens associadas ou não a náuseas, alterações
gastrintestinais, sudorese vômitos, zumbidos, audição diminuída e desequilíbrio.
Alterações visuais: na vertigem
rotatória clássica, a sensação é que o ambiente gira ao redor do corpo, ou que
o corpo roda em relação ao ambiente, dificuldade de fixar o olho, a vista
escurece, não enxerga com nitidez, vista embaçada ou fotofobia (que é a dificuldade de enxergar, em ambientes claros
- a luz incomoda, o que faz que o paciente prefira ficar, em ambientes mais
escuros ou usar óculos de sol).
Alterações na percepção
do movimento da cabeça e/ou do corpo : Na tontura, a sensação é de desequilíbrio,
instabilidade, de pisar no vazio, de queda.
dificuldade de andar em linha reta, ao se levantar da cama, da cadeira; podem
sentir sintomas de labirintites ao dirigir o carro, ao olhar para os lados ou
para cima ou se agachar para pegar alguma coisa no chão ou ter sensações de
desmaio.
Problemas no ouvido
como : zumbidos no ouvido, dor de ouvido, sensação de ouvido tampado,
sensibilidade auditiva (o barulho incomoda) ou dificuldade de ouvir. Nos casos
em que os sintomas das labirintopatias
aparecem sem que o paciente esteja se movimentando, é chamado de
vertigem.
Na fase aguda da doença, conforme a
intensidade da crise, pode durar de minutos, horas a dias.
Geralmente o individuo
que tem sintomas de labirintopatias , sofre durante meses e até anos, e durante
todo esse tempo faz uso de vários remédios ( com seus efeitos colaterais ), passa
por vários exames e tratamentos, sem resultados. Tudo desnecessário, basta saber
as causas desses sintomas, tomar algumas medidas simples e o tratamento
adequado e de maneira correta.
Avaliação clínica e o exame
otoneurológico completo são muito importantes para estabelecer o diagnóstico da
labirintopatia, especialmente o diagnóstico diferencial, haja vista que as
seguintes enfermidades podem provocar sintomas bastante parecidos:
hipoglicemia, diabetes, hipertensão, reumatismo, doença de Mèniére, esclerose
múltipla, tumores no nervo auditivo, no cerebelo e em áreas do tronco cerebral,
drogas ototóxicas, doenças imunológicas e a cinetose, também chamada de doença
do movimento que não tem ligação com as doenças vestibulares ou do labirinto.
A
tomografia computadorizada e a ressonância magnética, assim como os testes
labirínticos, podem ser úteis para fins diagnósticos.
Tratamento
São vários os tipos de medicamentos que
podem ser indicados no tratamento da labirintite:
Vasodilatadores : facilitam a circulação
sanguínea e melhoram o calibre dos vasos muitas vezes reduzido pelas placas de
ateromas.
Labirinto-supressores : suprimem a
tontura pela ação no sistema nervoso, Anticonvulsivantes e antidepressivos
(inibidores seletivos de recaptação da serotonina).
Drogas que atuam sobre outros sintomas,
suprimindo a náusea, o vômito, o mal-estar. Uma vez estabelecida a causa e
estabelecido o tratamento adequado, a tendência é a doença desaparecer.
Importante frisar
Segundo pesquisas
recentes, o uso contínuo de certos medicamentos, para tratamento das tonturas,
vertigens ou zumbidos (Labirintopatias), indicados para pessoas acima de 40
anos, podem induzir sintomas, associados ao mal de Parkinson (falso mal de
Parkinson). Esse problema pode ocorrer, com medicamentos do tipo flunarizina e
cinarizina.
Aqui estão relacionados
os nomes comerciais da cinarizina e da flunarizina:
Cinarizina: Cinageron,
Antigeron, Stugeron, Coldrin, Cronogeron, Exit, Vessel, Sureptil e Verzum.
Flunarizina: Flunarin,
Fluvert, Vertizine D, Sibelium, Flumax e Vertix.
Essas drogas, são potenciais bloqueadoras de dopamina, uma
das principais causas do Parkinson.
Recomendações
Para prevenir as crises de
labirintopatias algumas mudanças no estilo de vida são fundamentais como:
Ø
Evitar o consumo de álcool. Se beber, faça-o com muita moderação.
Ø
Não fumar.
Ø
Controlar os níveis de colesterol, triglicérides e a glicemia.
Ø
Optar por uma dieta saudável que ajude a manter o peso adequado e
equilibrado.
Ø
Não
deixar grandes intervalos entre uma refeição e outra, evitar ficar mais de três horas sem
ingerir algum alimento, inclua em sua refeição legumes e verduras.
Ø
Pratique
atividade física. Uma caminhada de no
mínimo trinta minutos por dia já ajuda
muito.
Ø
Ingira
bastante líquido(mais sem exageros).
Ø
Recuse
as bebidas gaseificadas que contêm quinino.
Ø
Procure
administrar, da melhor forma possível, as crises de ansiedade e o estresse;
Ø
Evitar a ingestão de doces.
Ø
Evitar a ingestão de café, chá mate, suco de frutas
industrializado.
Ø
Evitar o excesso de corantes e conservantes,
Ø
Evitar repouso excessivo.
Ø
Evitar travesseiros que sejam muito altos.
Ø
Importante: não dirija durante as crises ou sob o efeito de
remédios para tratamento da labirintite.
O principal desconforto
para as pessoas que sofrem de labirintopatias conviver de maneira frequente com a sensação
de tontura, zonzeira ou falta de equilíbrio. Por isso, para amenizar as crises
de tontura, veja aqui algumas dicas:
Se caso sentir a
sensação tontura ou zonzeira, vá imediatamente para um lugar bastante ventilado
e fique o tempo todo sentado até que a sensação passe, mantenha os olhos
abertos e olhe sempre para um ponto fixo na parede. É importante ressaltar que
a labirintite não causa desmaios e assim que se recuperar procure um médico.
Caso precise prestar
socorro para alguém que sofre de labirintite o mais indicado é colocar a pessoa
sentada e em hipótese alguma dar qualquer tipo de medicamento ou colocar sal
debaixo da língua da pessoa e não ofereça nenhum tipo de bebida que contenha
álcool e cafeína, como por exemplo, café ou refrigerante, dê sempre água.
É importante lembrar
que nem toda tontura é originada pelo distúrbio no labirinto, às vezes o
problema pode estar relacionado com o cérebro, mas na maioria das vezes o
problema está no ouvido. Por isso, depois de diagnosticada a doença deve ser
tratada com medicamentos que são tomados via oral ou com exercícios que podem
ser feitos em casa para reposicionar o labirinto.
Sem receber o
tratamento adequado a labirintite pode piorar e a pessoa corre o risco de ficar
incapacitada, pois a doença pode ir evoluindo e chegar a um quadro mais grave,
nesses casos a cirurgia é necessária.
A labirintite quando
não tratada pode trazer pequenas consequências para as pessoas, mas no caso das
crianças, a doença pode causar um mau rendimento escolar e nos idosos quedas e
o risco de quebrar os ossos.
Leomar
de Brito
terça-feira, 17 de julho de 2012
Biologia e Saúde: MS alerta sobre condutas frente a casos de influen...
Biologia e Saúde: MS alerta sobre condutas frente a casos de influen...: Com a chegada do inverno em 22 de junho, época em que se intensifica a circulação dos vários subtipos do vírus da influenza. Particularmen...
MS alerta sobre condutas frente a casos de influenza por A/H1N1
Com a chegada do inverno em 22 de junho, época em que se intensifica a circulação dos vários subtipos do
vírus da influenza. Particularmente, é preciso
esclarecer bem e implantar as recomendações do Ministério sobre possíveis casos
de influenza pelo subtipo do vírus de influenza A/H1N1 2009.
O subtipo do vírus de influenza denominado A/H1N1 2009 surgiu no início daquele ano, no México, e foi responsável pela pandemia de influenza registrada naquele ano. Em agosto de 2010, com base nos dados epidemiológicos registrados, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a pandemia como encerrada. Uma pandemia ocorre quando aparece um subtipo completamente novo do vírus da influenza. Nessa situação, como toda a população é suscetível, há uma disseminação rápida desse novo subtipo. No século passado, esse fenômeno ocorreu três vezes, em 1918, 1957 e 1968. Na pandemia de 2009, a grande maioria dos casos foi leve, com cura espontânea, sem complicações. Entretanto, em alguns casos, houve a ocorrência de casos graves, principalmente em alguns grupos como gestantes, crianças pequenas, idosos, obesos e portadores de doenças crônicas.
Mesmo com o fim da pandemia, o subtipo A/H1N1 2009 continua circulando no mundo inteiro, agora produzindo apenas surtos localizados, porque a maioria das pessoas já está protegida contra ele, seja porque tiveram a infecção natural em 2009 (estima-se que até 30% da população podem ter tido influenza pelo subtipo A/H1N1 2009) ou porque se vacinaram nas campanhas realizadas em 2010, 2011 e 2012. Esses surtos vêm ocorrendo em praticamente todos os países do mundo, e também no Brasil. Para responder a essa situação, a OMS manteve esse subtipo entre os três que fazem parte da composição da vacina contra a influenza, protegendo os grupos mais vulneráveis às complicações, como as mulheres grávidas, as crianças menores de 2 anos e os idosos. Em nosso país, a campanha de influenza para o inverno de 2012, recentemente realizada, atingiu cobertura acima de 80%, uma das mais altas do mundo.
Além da garantia da vacinação dos grupos vulneráveis, o Ministério da Saúde revisou e divulgou, no ano passado, um novo Protocolo de Tratamento da Influenza (clique aqui para acessa), visando atualizar os profissionais de saúde com as medidas adequadas para reduzir a transmissão e evitar os casos graves pelo subtipo A/H1N1 2009. Entre essas medidas destacam-se:
1. Ações de higiene pessoal, como lavar as mãos várias vezes ao dia, evitar tocar a face com as mãos e proteger a tosse e o espirro com lenço descartável;
2. Procurar um serviço de saúde caso apresente a síndrome gripal, que é definida pelo surgimento, simultaneamente, de febre de início súbito + tosse ou dor na garganta + cefaleia (dor de cabeça) ou mialgia (dor nos músculos) ou artralgia (dor nas articulações);
3. Quando se comprovar que há circulação do subtipo A/H1N1 2009, os médicos devem prescrever o antiviral oseltamivir, o mais precocemente possível, sem aguardar resultados de laboratório ou sinais de agravamento, em todas as pessoas que apresentarem a síndrome gripal, particularmente nos grupos vulneráveis para complicações, como as gestantes, crianças pequenas, idosos, obesos e portadores de doenças crônicas.
Não há indicação para suspender atividades sociais ou aulas, porque isso não se mostrou efetivo para reduzir a transmissão do A/H1N1 2009, servindo apenas para criar uma sensação de insegurança nas pessoas. A utilização da vacina, nessa situação atual, também não é recomendada porque a produção de anticorpos contra o vírus da influenza só se inicia após duas semanas da aplicação, não garantindo a proteção imediata, que seria necessária num surto que geralmente é de duração muito limitada. Estudos realizados durante a pandemia mostraram que a medida que se revelou mais eficaz para evitar casos complicados e óbitos é o acesso rápido ao antiviral oseltamivir.
O Ministério da Saúde descentralizou, desde 2011, um estoque suficiente desse antiviral para todos os estados brasileiros e mantém um estoque estratégico capaz de suprir qualquer nova necessidade.
O subtipo do vírus de influenza denominado A/H1N1 2009 surgiu no início daquele ano, no México, e foi responsável pela pandemia de influenza registrada naquele ano. Em agosto de 2010, com base nos dados epidemiológicos registrados, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a pandemia como encerrada. Uma pandemia ocorre quando aparece um subtipo completamente novo do vírus da influenza. Nessa situação, como toda a população é suscetível, há uma disseminação rápida desse novo subtipo. No século passado, esse fenômeno ocorreu três vezes, em 1918, 1957 e 1968. Na pandemia de 2009, a grande maioria dos casos foi leve, com cura espontânea, sem complicações. Entretanto, em alguns casos, houve a ocorrência de casos graves, principalmente em alguns grupos como gestantes, crianças pequenas, idosos, obesos e portadores de doenças crônicas.
Mesmo com o fim da pandemia, o subtipo A/H1N1 2009 continua circulando no mundo inteiro, agora produzindo apenas surtos localizados, porque a maioria das pessoas já está protegida contra ele, seja porque tiveram a infecção natural em 2009 (estima-se que até 30% da população podem ter tido influenza pelo subtipo A/H1N1 2009) ou porque se vacinaram nas campanhas realizadas em 2010, 2011 e 2012. Esses surtos vêm ocorrendo em praticamente todos os países do mundo, e também no Brasil. Para responder a essa situação, a OMS manteve esse subtipo entre os três que fazem parte da composição da vacina contra a influenza, protegendo os grupos mais vulneráveis às complicações, como as mulheres grávidas, as crianças menores de 2 anos e os idosos. Em nosso país, a campanha de influenza para o inverno de 2012, recentemente realizada, atingiu cobertura acima de 80%, uma das mais altas do mundo.
Além da garantia da vacinação dos grupos vulneráveis, o Ministério da Saúde revisou e divulgou, no ano passado, um novo Protocolo de Tratamento da Influenza (clique aqui para acessa), visando atualizar os profissionais de saúde com as medidas adequadas para reduzir a transmissão e evitar os casos graves pelo subtipo A/H1N1 2009. Entre essas medidas destacam-se:
1. Ações de higiene pessoal, como lavar as mãos várias vezes ao dia, evitar tocar a face com as mãos e proteger a tosse e o espirro com lenço descartável;
2. Procurar um serviço de saúde caso apresente a síndrome gripal, que é definida pelo surgimento, simultaneamente, de febre de início súbito + tosse ou dor na garganta + cefaleia (dor de cabeça) ou mialgia (dor nos músculos) ou artralgia (dor nas articulações);
3. Quando se comprovar que há circulação do subtipo A/H1N1 2009, os médicos devem prescrever o antiviral oseltamivir, o mais precocemente possível, sem aguardar resultados de laboratório ou sinais de agravamento, em todas as pessoas que apresentarem a síndrome gripal, particularmente nos grupos vulneráveis para complicações, como as gestantes, crianças pequenas, idosos, obesos e portadores de doenças crônicas.
Não há indicação para suspender atividades sociais ou aulas, porque isso não se mostrou efetivo para reduzir a transmissão do A/H1N1 2009, servindo apenas para criar uma sensação de insegurança nas pessoas. A utilização da vacina, nessa situação atual, também não é recomendada porque a produção de anticorpos contra o vírus da influenza só se inicia após duas semanas da aplicação, não garantindo a proteção imediata, que seria necessária num surto que geralmente é de duração muito limitada. Estudos realizados durante a pandemia mostraram que a medida que se revelou mais eficaz para evitar casos complicados e óbitos é o acesso rápido ao antiviral oseltamivir.
O Ministério da Saúde descentralizou, desde 2011, um estoque suficiente desse antiviral para todos os estados brasileiros e mantém um estoque estratégico capaz de suprir qualquer nova necessidade.
Biologia e Saúde: Tamiflu já pode ser vendido sem retenção da receit...
Biologia e Saúde: Tamiflu já pode ser vendido sem retenção da receit...: O oseltamivir, princípio ativo do medicamento Tamiflu, foi excluído da lista das substâncias sujeitas a controle especial. O medicament...
Tamiflu já pode ser vendido sem retenção da receita
O oseltamivir,
princípio ativo do medicamento Tamiflu, foi excluído da lista das substâncias
sujeitas a controle especial. O medicamento é utilizado para o tratamento da
Influenza A (H1N1).
A partir de agora o
medicamento pode ser comercializado sem retenção da receita, isto é, por meio de
uma receita simples que deve ser apresentada ao farmacêutico no ato da compra.
Para o uso do medicamento, continua sendo necessário o acompanhamento
médico.
A RDC
39/2012 foi publicada no Diário Oficial
da União desta terça-feira (10/7) e atualiza o Anexo I da Portaria SVS/MS nº
344/98.
Biologia e Saúde: Esquistossomose
Biologia e Saúde: Esquistossomose: Eschistosoma mansoni Reino: Animalia Filo: Platyhelminthes Classe: Trematoda Subclasse: Digenea Ordem: ...
Esquistossomose
Eschistosoma mansoni
Ø
Controle
dos portadores
Ø
Coproscopia
Ø
Ações
de Educação em Saúde
Ø
Ações
de saneamento ambiental
Reino: Animalia
Filo: Platyhelminthes
Classe: Trematoda
Subclasse: Digenea
Ordem: Strigeiformes
Família: Schistosomatidae
Gênero: Schistosoma
Ø
Descrição da doença - é uma infecção transmitida pela água contaminada por
cercárias, uma das fases do ciclo evolutivo do Schistosoma mansoni,
um tremadódeo de sexos separados, que necessita de hospedeiros intermediários
para completar seu desenvolvimento. A doença caracteriza-se por uma fase aguda
e outra crônica quando os vermes adultos, machos e fêmeas, vivem nas veias
mesentéricas ou vesiculares do hospedeiro humano durante seu ciclo de vida que
dura vários anos. Os ovos produzem minúsculos granulomas e cicatrizes nos
órgãos nos quais se alojam ou são depositados. O quadro sintomático depende do
número de ovos e local onde estão localizados. A principal complicação da
esquistossomose mansônica é a hipertensão portal nos casos avançados que se
caracteriza por hemorragia, ascite, edema e insuficiência hepática severa,
casos que, apesar do tratamento, quase sempre evoluem para óbito.
Ø
Agente etiológico - Shistosoma mansoni, S. haematobium e S. japonicum são as principais
espécies que causam enfermidade no homem. S. mekongi, S. malayensis, S.
mattheei e S. intercalatum têm importância em apenas algumas áreas.
Ø
Ocorrência - a distribuição da esquistossomose é mundial chegando a
atingir 53 países. Na América, a esquistossomose se fixou nas Antilhas,
Venezuela, Suriname e Brasil. No Brasil a transmissão ocorre principalmente
numa faixa contínua, ao longo do litoral. Ela abrange os Estados do Piauí,
Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia,
Maranhão, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo, Paraná,
Santa Catarina e Rio Grande do Sul; para o oeste, a esquistossomose tem sido
encontrada em Goiás, Distrito Federal e Mato Grosso. A maior endemicidade da
esquistossomose ocorre em Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia e Minas Gerais. A
esquistossomose depende da existência de hospedeiros intermediários que, no
Brasil, são caramujos do gênero Biomphalaria (B. glabrata, B. tenagophila,
B. straminea).
Os ovos são eliminados
com fezes ou urina. (1) Sob condições ótimas, os ovos eclodem e liberam
os miracídios (2) que nadam e penetram
no caramujo, hospedeiro intermediário específico (3).
Os estágios no caramujo incluem duas gerações de esporocistos (4) e a produção
de cercárias. (5) Abandonando o
caramujo, as cercárias infectantes nadam, penetram na pele do hospedeiro humano
(6), e perdem sua cauda bifurcada,
tornando-se eschistossômulos (7). O
esquistossômulo migra através de diversos tecidos e estágios para sua
residência nas veias (8, 9). Vermes
adultos, nos humanos, residem nas vênulas mesentéricas em várias localizações,
que parecem, às vezes, ser específicas para cada espécie (10). Por exemplo, o S. japonicum é mais
freqüentemente encontrado nas veias mesentéricas superiores, que drenam o
intestino delgado {A}, e o S. mansoni
ocorre mais freqüentemente nas veias mesentéricas superiores que drenam o intestino
grosso {B}. Entretanto, ambas as
espécies podem ocupar uma ou outra posição, e são capazes de mover-se entre os
locais, então, não é possível se afirmar inequivocadamente que uma espécie
ocorre apenas em determinada localização. O S. haematobium ocorre mais
freqüentemente no plexo venoso da bexiga {C},
mas ele também pode ser encontrado em vênulas retais. As fêmeas depositam ovos
nas pequenas vênulas dos sistemas porta e perivesical. Os ovos são movidos
progressivamente para o lúmem do intestino (S. mansoni e S.
japonicum) e da bexiga e ureteres (S. haematobium), e são eliminados
com as {d} fezes ou {d} urina, respectivamente {1}.
Ø
Reservatório - o homem é o principal reservatório de S. mansoni,
S. haematobium e S. intercalatum. O homem, cães, gatos, cervos, gado
bovino, cavalos e roedores selvagens são hóspedes potenciais de S. japonicum;
sua importância epidemiológica varia de região para região.
Ø
Período de incubação - o período de incubação é geralmente em torno de um a
dois meses e é assintomático embora possa aparecer astenia, cefaléia, anorexia,
mal-estar e náuseas. As manifestações gerais agudas (febre de Katayama) podem
apresentar-se nas infecções primárias, de duas a seis semanas após a exposição,
imediatamente antes e durante o primeiro depósito de ovos.
Ø
Período de transmissibilidade - não se transmite de pessoa-a-pessoa, porém pessoas com
esquistossomose crônica podem disseminar a infecção ao eliminar ovos com a
urina, fezes ou ambos os meios, em coleções hídricas, à medida em que continuem
excretando ovos. É freqüente que as infecções por S. mansoni e S.
haematobium no homem durem mais de 10 anos. Os caramujos infectados liberam
cercárias durante toda sua vida, o que pode durar de semanas a uns três meses.
Ø
Suscetibilidade e resistência - a suscetibilidade é universal existindo variação de
graus de resistência à reinfestação no homem e em animais. A infecção
ocorre principalmente entre os 10 e os 40 anos e em crianças em idade escolar.
A possibilidade de reinfestação é maior na faixa de 5 a 19 anos. Em áreas
hiperendêmicas a maior carga parasitária foi encontrada entre 15 e 26 anos.
Foram identificados ovos nas fezes de lactente com três meses de idade.
Ø
Formas clínicas - considerando-se a evolução da doença, a esquistossomose
pode ser aguda ou crônica.
ü
Fase aguda: pode se apresentar sob forma leve com diarréia,
febrícula, celaféia, sudorese, astenia, anorexia e emagrecimento. Pode, ainda,
ter início abrupto, com febre, cefaléia, calafrios, sudorese, astenia,
anorexia, mialgia, tosse e diarréia (às vezes, disenteria, acompanhada de dores
abdominais e distensão do abdome); náuseas e vômitos são comuns. Manifestações
de hipersensibilidade como urticária, prurido generalizado, edema da face,
placas eritematosas ou lesões purpúricas também podem ocorrer.
Excepcionalmente, os pacientes desenvolvem na fase aguda, quadros clínicos mais
graves com icterícia, coma ou abdome agudo (fase aguda toxêmica).
ü
Fase crônica: é a forma clínica habitual, sem hipertensão porta,
com que se apresenta a grande maioria de pacientes esquistossomóticos. Varia da
ausência de alterações hemodinâmicas acentuadas até às formas clínicas severas
com: hipertensão porta, hipertensão pulmonar, síndrome cianótica, glomerulopatias,
forma pseudoneoplásica, forma nervosa (com paraplegia de instalação rápida),
forma panvisceral, associação com salmonelose septicêmica prolongada e outras
associações mórbidas. Classifica-se em 4 formas:
ü
Tipo 1 ou
Forma Intestinal: caracterizada por
diarréias repetidas que podem ser muco-sanguinolentas, com dor ou desconforto
abdominal, podendo ser assintomática;
ü
Tipo 2 ou
Forma Hepatointestinal: presença de
diarréias e epigastralgias. Ao exame, o paciente apresenta hepatomegalia,
podendo-se notar à palpação, nodulações correspondentes às áreas de fibrose
decorrentes da granulomatose periportal ou fibrose de Symmers, nas fases mais
avançadas dessa forma clínica;
ü
Tipo 3 ou
Forma Hepatoesplênica Compensada:
presença de hepato-esplenomegalia. As lesões perivasculares intra-hepáticas
geram transtornos na circulação portal e certo grau de hipertensão provocando
congestão passiva do baço. Nesse estágio, inicia-se a formação de circulação
colateral e de varizes do esôfago, com o comprometimento do estado geral do
paciente;
ü
Tipo IV ou
Forma Hepatoesplênica Descompensada:
são as formas mais graves da doença, responsáveis pelos óbitos. Caracteriza-se
por fígado volumoso ou já contraído por fibrose perivascular, esplenomegalia
avantajada, ascite, circulação colateral, varizes do esôfago, hematêmese,
anemia acentuada, desnutrição e hiperesplenismo. As formas pulmonar e
cárdio-pulmonar são formas dos estágios avançados da doença. Outra forma
importante é a neuroesquistossomose.
Ø
Diagnóstico - como as diferentes manifestações clínicas da
esquistossomose se confundem com muitas doenças, o diagnóstico de certeza
deverá ser feito através de métodos diretos e indiretos.
Ø
Métodos
diretos
ü
Exame de fezes
- ovos de S. mansoni são
encontrados nas fezes, sob a forma de ovos viáveis, granulosos ou calcificados;
encontram-se, também, cascas de ovos de miracídios livres. Entretanto, somente
o encontro de ovos bem formados e com miracídios é que indicam atividade
parasitária. Dos métodos de exame de fezes, o mais aconselhável é o de Kato,
modificado por Katz e cols. (Método de Kato-Katz).
ü
Biópsia retal
- A biópsia é um método de fácil
execução e indolor. Na esquistossomose crônica, sem hipertensão portal, uma
biópsia retal apresenta cerca de 80% de positividade enquanto que no exame de
fezes, 50%.
ü
Outros - raspado retal e biópsia de órgãos comprometidos
(Ex.: biópsia hepática).
Ø
Métodos
indiretos
ü
Intradermorreação
- Consiste na inoculação de antígeno
geralmente preparado com vermes adultos ou cercárias, na face anterior do
antebraço, na quantidade de 0,01 a 0,05 ml. Sua interpretação é feita 15
minutos após a inoculação segundo critérios preconizados por Meyer e Pifano
(não tem sido utilizada na prática).
ü
Reações
sorológicas - Existem vários tipos de
reações sorológicas para a esquistossomose, mas não têm ampla aplicação na
prática.
Ø
Ultrassonografia
hepática - importante no diagnóstico
da fibrose de Symmers.
Ø
Tratamento - o tratamento tem como base não apenas promover a cura
da doença ou diminuir a carga parasitária dos pacientes, mas impedir sua
evolução para formas graves. Estudos mostram que a quimioterapia reduz também a
hepatoesplenomegalia. Todo caso confirmado deve ser tratado, a não ser que haja
contra-indicação médica.
Embora vários
medicamentos curem parasitologicamente a esquistossomose (iridazol,
antimoniais, miracil D, hicantone, etc.), no Brasil são usados a oxamniquine e
o praziquantel.
ü
Oxamniquine: derivado da tetraidroquinolina, é um medicamento com
propriedades esquistossomicidas. É recomendado na dosagem de 15 mg/kg de peso
para adultos e 20 mg/kg para crianças até 15 anos, em dose única. Existem duas
apresentações: cápsulas de 250 mg e suspensão oral contendo 50 mg por ml.
ü
Praziquantel: derivado da isoquinolinapirazino, é ativo nos três
tipos de esquistossomoses humanas e nas teníases. A dosagem recomendada é 50
mg/kg de peso para adultos e 60 mg/kg para crianças até 15 anos, em dose única.
É atualmente a droga de escolha em função do custo/tratamento que é menor. O
medicamento é apresentado em comprimidos de 600 mg, divisível em duas partes
iguais de modo a facilitar a adequação da dose.
Ø
Efeitos
colaterais: tonturas, náuseas,
cefaléia, sonolência - efeitos comuns aos dois medicamentos, sendo a tontura
mais freqüente com Oxaminiquine e náuseas e vômitos com Prazinquantel.
Ø
Contra-indicações: está contra-indicada a utilização das drogas que
compõem o arsenal anti-esquistossomose nos seguintes casos: gestação,
amamentação (se o risco/benefício compensar o tratamento da mulher nutris, esta
só deve amamentar após 24 horas da administração da medicação), crianças
menores de 2 anos (imaturidade hepática), desnutrição ou anemia acentuada,
infecções agudas ou crônicas intercorrentes, insuficiência hepática grave (fase
descompensada da forma hepatoesplênica), insuficiência renal ou cardíaca
descompensada, estados de hipersensibilidade e doenças do colágeno, história de
epilepsia (convulsão) ou de doença mental (com uso de anti-convulsivantes ou
neurolépticos), outras doenças incapacitantes e maiores de 70 anos (a não ser
que o risco/benefício compense o tratamento).
Ø
Vigilância Epidemiológica - a Esquistossomose é uma doença de notificação
obrigatória e sua vigilância tem como objetivos evitar a ocorrência de formas
graves, reduzir a prevalência da infecção e impedir a expansão da endemia.
Ø
Definição de caso
ü
Suspeito: todo indivíduo residente e/ou procedente de área
endêmica para esquistossomose, com quadro clínico sugestivo das formas agudas
ou crônicas, com história de contato com as coleções de águas onde existe o
caramujo eliminando cercárias. Todo suspeito deve ser submetido a exame
parasitológico de fezes.
ü
Confirmado:
ü
Critério
clínico laboratorial: todo o
indivíduo residente e/ou procedente de área endêmica para esquistossomose, com quadro
clínico compatível, com história de exposição a águas onde existe o caramujo
eliminando cercárias, e que apresente ovos viáveis de S. mansoni nas
fezes. A realização de biópsia retal ou hepática, quando indicada, pode
auxiliar na confirmação diagnóstica, embora seja mais indicado, na rotina, a
repetição de vários exames de fezes. Todo caso confirmado deve ser tratado, a
não ser que haja contra-indicação médica.
ü
Descartado: caso suspeito ou notificado sem confirmação
laboratorial.
Ø
Notificação
Todos os
casos de forma grave de esquistossomose em ÁREA ENDÊMICA, e todos os
casos de esquistossomose diagnosticados FORA DA ÁREA ENDÊMICA e em ÁREA
ENDÊMICA COM FOCOS ISOLADOS (Pará, Piauí, Rio de Janeiro, São Paulo,
Paraná, Santa Catarina, Goiás, Distrito Federal e Rio Grande do Sul), devem ser
notificados.
Ø
Medidas de controle
Primeiras medidas:
ü
Assistência
médica ao paciente: tratamento
ambulatorial e acompanhamento de cura (três exames de fezes seqüenciados no
quarto mês após o tratamento). A internação hospitalar é indicada nas formas
clínicas graves.
ü
Qualidade da
assistência: verificar se os casos
com confirmação laboratorial (coproscopia positiva para S.mansoni) foram
investigados, tratados e acompanhados, se foram orientadas e adotadas as
medidas de Educação em Saúde e de proteção ambiental (saneamento básico,
drenagens, aterros ou outras obras de engenharia sanitária).
ü
Proteção
individual para evitar a propagação da transmissão: tratamento de todas as pessoas infectadas ou
reinfectadas positivas para S. mansoni ao exame laboratorial.
ü
Confirmação
diagnóstica: laboratorial (presença
de ovos de S. mansoni nas fezes).
ü
Proteção da
população: busca ativa periódica,
sistemática e prolongada de casos, investigação e exames dos contatos para
detecção da (s) fonte(s) de infecção, adoção de medidas de Educação em Saúde e
ambiental comunitária.
ü
Investigação: consiste na obtenção detalhada de dados do caso,
mediante o preenchimento da Ficha de Investigação de Esquistossomose (ver
Ficha SINAN), com o objetivo, principalmente, de determinar o local ou
locais de riscos e onde possivelmente ocorreu a transmissão do caso, visando o
direcionamento das ações de controle. A investigação deve ser realizada em
todos os casos notificados nas áreas indenes vulneráveis, nas áreas focais em
vias de eliminação e nas áreas endêmicas, somente nos casos de forma grave
notificados. Uma vez concluída a investigação, o caso deverá ser
classificado como:
ü
Autóctone – se a transmissão ocorreu no mesmo município onde ele
foi investigado;
ü
Importado
- se a transmissão ocorreu em
outro município diferente daquele em que ele foi investigado;
ü
Indeterminado
– se o local da transmissão é
inconclusivo;
ü
Descartado – se o caso suspeito ou notificado não tiver confirmação
laboratorial.
Ø
Investigação
Epidemiológica
ü
Identificação
do paciente: preencher todos os
campos dos itens da Ficha de Investigação Epidemiológica do SINAN, relativos aos dados gerais, notificação individual e
dados de residência.
ü
Coleta de
dados clínicos e epidemiológicos
ü
Para confirmar
a suspeita diagnóstica: anotar, na
Ficha de Investigação, dados da história e manifestações clínicas.
ü
Para
identificação da área de transmissão: verificar
o local de procedência do doente, efetuar exame coproscópico dos conviventes
e pesquisa malacológica (realizada pela SUCEN/SES-SP), com identificação
dos caramujos nas coleções hídricas existentes.
ü
Para
determinação da extensão da área de transmissão: observar as condições locais que favorecem a
instalação de focos de transmissão da doença:
ü
a distribuição
geográfica dos caramujos hospedeiros intermediários: Biomphalaria glabrata,
B. straminea e B. tenagophila;
ü
os movimentos
migratórios de caráter transitório ou permanente de pessoas oriundas das áreas
endêmicas;
ü
tanto em áreas
rurais quanto urbanas, a investigação deve ser conduzida para identificar os
locais de transmissão visando à eliminação.
Ø
Conduta
frente a um surto: a ocorrência de surtos de esquistossomose é rara e,
geralmente, só acontece quando grupo de jovens (escolares, recrutas, turistas,
etc.) residente em área indene, viaja para área endêmica e, inadvertidamente,
entra em contato com coleções hídricas contaminadas com cercárias e desenvolve
a forma aguda da doença. Nestes casos, todo o grupo deve ser examinado
parasitologicamente, investigado e os casos positivos tratados e acompanhados
para verificação de cura.
Ø
Análise
de dados
Os dados colhidos pela Vigilância Epidemiológica
deverão ser analisados quanto ao desempenho das medidas de controle e ao estudo
de tendência da doença. A análise deverá levar em consideração, entre outras,
às seguintes variáveis: faixa etária, sexo, distribuição geográfica, número de
ovos por gramas de fezes, etc.
Ø
Encerramento
de casos
ü
Confirmado por
critério laboratorial: qualquer caso
suspeito que apresenta ovos de S. mansoni nas fezes.
ü
Óbitos: não tendo sido feito exame parasitológico de fezes,
considerar caso confirmado aquele com achado de ovos de S. mansoni no
exame histopatológico.
ü
Caso
descartado: caso notificado mas cujo
resultado laboratorial não foi confirmado ou teve como diagnóstico outra
doença.
Ø
Outras
medidas de controle
ü
Controle de
hospedeiros intermediários (ações
integradas entre os vários níveis de governo - municipal e estadual, local,
regional e central, vigilância epidemiológica, SUCEN, vigilância sanitária,
órgãos de saneamento básico e ambiental, etc.).
Ø Observar as condições locais que favorecem a
instalação de focos de transmissão da doença:
ü
Medidas de
saneamento ambiental, para dificultar a proliferação e o desenvolvimento dos
hospedeiros intermediários, bem como impedir que o homem infectado contamine as
coleções de águas com ovos de S. mansoni.
ü
tratamento
químico com moluscocidas das coleções de águas;
ü
o controle
biológico dos moluscos, embora desejável, na prática ainda não tem se mostrado
eficaz.
Ø
Ações
de Educação em Saúde
A Educação em Saúde deve
preceder e acompanhar todas as atividades de controle. A orientação da
população, quanto às maneiras pelas quais se previne as doenças transmissíveis,
é fator indispensável para o sucesso de qualquer campanha profilática. São
realizadas pelos agentes de saúde e por profissionais das unidades básicas,
tendo como púbico alvo a população geral e os escolares de localidades de áreas
endêmicas. Utiliza-se vária técnicas pedagógicas e meios de comunicação de
massa.
As ações de Educação em Saúde
e a mobilização comunitária são muito importantes no controle da
esquistossomose, basicamente para promover atitudes e práticas que modificam as
condições favorecedoras e mantenedoras da transmissão.
Ø Estratégias de prevenção
A esquistossomose é,
fundamentalmente, uma doença resultante da ausência ou precariedade de
saneamento básico.
Ø
Controle
dos portadores
ü Identificação e tratamento dos portadores de S.
mansoni, por meio de inquéritos coproscópicos.
ü Quimioterapia específica, visando reduzir a carga
parasitária e impedir o aparecimento de formas graves.
Ø
Controle
dos hospedeiros intermediários
ü Pesquisa de coleções hídricas, para determinação do
seu potencial de transmissão.
ü Tratamento químico de criadouros de importância
epidemiológica.
ü Modificação permanente das condições de transmissão.
ü Educação em Saúde e mobilização comunitária.
ü Saneamento ambiental nos focos de esquistossomose.
Ø
Coproscopia
A coproscopia para a
detecção dos indivíduos infectados pelo S. mansoni e o conseqüente
tratamento, são medidas dirigidas de maneira direta e mais imediata ao objetivo
principal do Programa: controlar a morbidade, especialmente prevenindo a
evolução para as formas graves da doença. Essas ações de diagnóstico e
tratamento podem ser viabilizadas com ampla cobertura, devendo ser integradas
também à rotina dos serviços de atenção primária de Saúde (Rede Básica de
Saúde).
Ø
Operações
de malacologia
As operações de malacologia
são de natureza complementar e têm sua indicação nas seguintes situações:
ü levantamento de áreas ainda não trabalhadas;
ü investigação e controle de focos;
ü áreas bem delimitadas de altas prevalências.
Ø
Ações
de Educação em Saúde
As ações de Educação
em Saúde e mobilização comunitária são muito importantes no controle da
esquistossomose, basicamente para a efetivação de atitudes e práticas que
modifiquem positivamente as condições favorecedoras e mantenedoras da
transmissão.
Ø
Ações
de saneamento ambiental
As ações de
saneamento ambiental são reconhecidas como as de maior eficácia para a
modificação, em caráter permanente, das condições de transmissão da
esquistossomose. Incluem: coleta e tratamento de dejetos; abastecimento de água
potável; instalações hidráulicas e sanitárias e eliminação de coleções hídricas
que sejam criadouros de moluscos. Essas ações de saneamento deverão ser
simplificadas e de baixo custo, a fim de serem realizadas em todas as áreas
necessárias.
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