O trânsito
de Vênus ocorre quando esse planeta passa diante do sol na frente da Terra,
ocultando uma parte do disco solar.
Isso só
acontece quando os três objetos espaciais estão alinhados, e, portanto, é muito
raro. Com a imensidão do universo, isso só acontece de vez em quando, em média
duas vezes por século.
Ou seja,
eles ocorrem em pares separados por oito anos e depois não voltam a ocorrer em
menos de 100 anos. O último foi terça-feira (05/06/2012), ontem, às 19h09 no
horário de Brasília.
O fenômeno
foi descoberto em 1627, pelo astrônomo alemão Johannes Kepler (1571-1630). Ele
percebeu que planetas interiores como Mercúrio e Vênus iam cruzar o disco
solar, e chegou até a prever que o caminho de Vênus passaria pela Terra dali a
quatro anos, em 1631.
Essa foi a
primeira vez que observamos o fenômeno, mas Kepler não chegou a vê-lo, pois
faleceu em dezembro de 1630. Depois do trânsito de 1631, ocorreram mais seis. O
último tinha sido em 2004, e, com o desse ano, outro trânsito de Vênus não é
esperado até 2117.
A terça de Vênus
O fenômeno
foi visível em quase todo o mundo, mas aqui no Brasil não foi um espetáculo tão
grande.
Vênus passou
pela América do Norte (em todos os Estados Unidos, no centro e no leste do
Canadá), em toda a América Central e no Caribe, e no norte da América do Sul
(na parte central e norte do Peru, Equador, Colônia e Venezuela). Também foi
visto no leste da Ásia e na região do Pacífico Ocidental. O final do fenômeno,
que durou 7 horas, foi observado na Europa, Oriente Médio e no sul da Ásia.
A maior
parte da América do Sul e o oeste e o sudoeste da África não conseguiram
observar o fenômeno. No Brasil, a maior parte não viu o trânsito porque o sol
já havia se posto, mas quem vive no extremo noroeste do país, em alguns pontos
do Acre, Amazonas e Roraima, pode ter observado alguma coisa.
Mesmo quem
teve visão boa não viu nada muito “grande”. Não que o evento não seja
maravilhoso em sua raridade, o problema é que Vênus, mesmo sendo quatro vezes
maior que a lua, por exemplo, aparece bem menor durante o trânsito devido à
maior distância que está da Terra. Entre 1h32 e 1h50 da madrugada de hoje, no
horário de Brasília, o fenômeno chegou ao seu fim.
A NASA documentou o trânsito, e vídeos. Os
cientistas acreditam que o fenômeno é uma oportunidade de estudar movimentos
ondulares, forças gravitacionais, densidade e outros temas. Os dados recolhidos
devem começar a ser analisados em breve.[Uol, G1, Abril, Folha]
Acesse:
Nenhum comentário:
Postar um comentário