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terça-feira, 19 de junho de 2012

Biologia e Saúde: CAMPANHA NACIONAL DE VACINAÇÃO CONTRA POLIOMIELITE...

Biologia e Saúde: CAMPANHA NACIONAL DE VACINAÇÃO CONTRA POLIOMIELITE...: INTRODUÇÃO Apartir de 2012, o Brasil realizará uma única etapa da Campanha de Vacinação contra a Poliomielite. A vacina inativada po...

CAMPANHA NACIONAL DE VACINAÇÃO CONTRA POLIOMIELITE



INTRODUÇÃO

Apartir de 2012, o Brasil realizará uma única etapa da Campanha de Vacinação contra a Poliomielite. A vacina inativada poliomielite (VIP) será introduzida no calendário de vacinação da criança em esquema sequencial com a vacina oral poliomielite (VOP) a partir de agosto de 2012.
A Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, por meio da Divisão de imunização/CVE/CCD/SES-SP, realizará esta única etapa no dia 16 de Junho.
Ameta é vacinar 95% das crianças menores de cinco anos de idade (cerca de 2,8 milhões de crianças) com uma dose da vacina oral contra poliomielite, independente de já ter sido vacinada anteriormente. Embora a erradicação global esteja avançando, países livres da poliomielite precisam não só ter uma adequada Vigilância das Paralisias Flácidas Agudas (PFA), como manter altas e homogêneas coberturas vacinais contra poliomielite.

SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA

No Brasil o registro do último caso confirmado foi em 1989 em Souza na Paraíba; no Estado de São Paulo, o último caso registrado foi em 1988, no município de Teodoro Sampaio. O Peru, em 1991, foi a última nação americana que registrou casos da doença. Em 1994, o Continente Americano recebeu o Certificado de Erradicação da Poliomielite, seguido pelo Pacífico Ocidental (2000) e Europa (2002).

O cenário epidemiológico atual da poliomielite evidencia ocorrência de surtos em vários países, mas encontra-se mais otimista na busca para se alcançar a erradicação global da doença. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), verificou-se importante redução, de 52%, no número de casos de poliovírus selvagem ocorridos no mundo em 2011
quando comparado ao ano de 2010.

No ano de 2012, a Índia saiu da lista dos países considerados endêmicos, por já estar há um ano livre de circulação autóctone de poliovírus selvagem. No período de 2007 a 2012, 35 países registraram casos de poliomielite, sendo que três desses ainda são considerados endêmicos: Afeganistão, Nigéria e Paquistão.

Dois restabeleceram a transmissão (transmissão sustentada há mais de um ano): Chade e República Democrática do Congo. Vários outros países registraram surtos de poliovírus selvagem devido à casos importados: Cazaquistão, Libéria, Mali, Mauritânia, Nepal, Nigéria, Federação Russa, Senegal, Serra Leoa, Tajiquistão, Turcomenistão, Uganda, Gabão, Burquina Faso, Costa do Marfim, Congo, China e outros.
Em 2011 foram registrados 650 casos, sendo 341 (52,5%) nos países endêmicos e 309 (47,5%) nos países não endêmicos. No 1º trimestre de 2012 ocorreram 64 casos de poliomielite.

VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DAS PARALISIAS FLÁCIDAS
AGUDAS (PFA)

Descrição da doença: a poliomielite é uma doença infecto contagiosa causada por três tipos de poliovírus. O período de incubação é de sete a 14 dias para as formas paralíticas, com variações de três a 35 dias. O vírus permanece na garganta por uma semana e nas fezes por períodos superiores a duas semanas. A infecção manifesta, ou sob forma inaparente, confere imunidade duradoura (tipo específica). Aproximadamente 90 a 95% das infecções são subclínicas.
A forma abortiva ocorre em 4 a 8% dos casos e caracteriza-se por febre, cefaléia, dor de garganta, anorexia, vômitos e dor abdominal; é clinicamente indistinguível de outras infecções virais. A forma meníngea  ocorre  em  1%  a  2%  dos  casos  e  apresenta sinais  de irritação meníngea juntamente com os mesmos sintomas da forma abortiva. A forma  paralítica  ocorre  em  0,1%  a  1%  das  infecções  por  poliovírus.

Caracteriza-se por uma paralisia flácida assimétrica, predominando em membros inferiores e em grandes grupos musculares. Outras formas raras incluem a poliomielite paralítica bulbar e a polioencefalite.
Notificação do caso: deve ser notificado, imediatamente, ao serviço de vigilância epidemiológica da região:

Ø  todo caso de paralisia ou paresia flácida aguda em pessoas menores de 15 anos independente da hipótese diagnostica
Ø  todo caso de paralisia em pessoas de qualquer idade, quando há suspeita diagnóstica de poliomielite.

Medidas de controle: são feitas através da vacinação de rotina; vacinação  nos Dias Nacionais  de Vacinação;  vacinação  casa  a  casa  quando necessário,  além  de  intensificação  da  vigilância  epidemiológica  de paralisias flácidas agudas/poliomielite.

CAMPANHADE VACINAÇÃO
INTRODUÇÃO

Aestratégia é vacinar indiscriminadamente todas as crianças com até 4 anos, 11 meses e 29 dias, o que no nosso Estado corresponde a cerca de 2,8 milhões de crianças. Na  ocasião  da Campanha, recomenda-se  aproveitar  a  oportunidade  para oferecer a esta população outras vacinas de acordo com indicação específica e calendário de vacinação. A meta  considerada satisfatória  desde  2001  para manter  o  país  livre  da doença é atingir 95% das crianças nesta faixa etária em pelo menos 80% dos municípios do Estado (homogeneidade).

VACINAUTILIZADA
Composição

A vacina a ser utilizada na Campanha foi produzida e embalada em bisnaga com aplicador e tampa rosqueável pelo laboratório BioManguinhos/FIOCRUZ/RJ.
A vacina contra a poliomielite oral é trivalente e constituída de poliovírus atenuado dos tipo I, II e III. Em cada dose de 0,1 ml são encontrados princípios ativos não menores do que:

Ø  poliovirus atenuado tipo I: 1 milhão CCID50(*);
Ø  poliovirus atenuado tipo II: 100 mil CCID50;
Ø  poliovirus atenuado tipo III: 600 mil CCID50.
(*) dose infectante em cultura de células.
Excipientes: Cloreto de Magnésio, Estreptomicina, Polissorbato 80, L-Arginina e Água destilada.

Conservação

Avacina deve ser armazenada sob temperatura de -20ºC por um período não superior ao prazo de validade. Após degelo deve ser conservada sob refrigeração a temperatura de + 2ºC a + 8ºC (geladeira) e protegida da luz. Ao final do dia os frascos abertos deverão ser inutilizados e os fechados, desde que mantidos à temperatura recomendada (controle com termômetro e registro), poderão ser novamente  acondicionados  no  refrigerador  da  unidade  e  utilizados  o  mais rapidamente possível.

Via de Administração

A vacina contra a poliomielite é administrada por via oral. Habitualmente duas gotas correspondem a uma dose.

Cuidados na utilização da vacina oral contra a poliomielite.

Para utilização correta da vacina oral contra a poliomielite o trabalhador de saúde  envolvido  na  vacinação  deve  conhecer  os  cuidados  na  utilização  da vacina, alertando-se, ainda, para que a bisnaga conta-gotas não encoste na boca da criança, evitando a contaminação pela saliva no ato da vacinação.

Contraindicações

Avacina está contra-indicada nas seguintes situações:

Ø  crianças  imunodeprimidas  (congênita  ou  adquirida,  neoplasias,  tratamento com corticosteróides em doses elevadas, equivalente à prednisona na dose de 2mg/kg/dia ou mais;
Ø  crianças  com  hipersensibilidade  conhecida  a  algum  componente  da vacina, a exemplo da estreptomicina ou eritromicina;
Ø  reação anafilática em dose anterior;
Ø  crianças com história de paralisia flácida associada à vacina.

Vacinação simultânea e intervalo entre as vacinas

Na Campólio as demais vacinas do calendário poderão ser aplicadas simultaneamente para as crianças com atraso no esquema vacinal.

Eventos Adversos

A vacina  oral  contra  a  poliomielite  é  extremamente segura  e  as reações associadas a sua administração são muito raras. Agrande preocupação é o quadro de paralisia pós-vacinal associada ao vírus vacinal  atenuado,  caracterizado  por  doença febril  aguda  com  déficit motor flácido, de intensidade variável, geralmente assimétrico, que surge entre 4 e 40 dias depois da vacinação no caso do próprio vacinado e entre 4 e 85 dias no
comunicante. Todos os casos devem ser notificados e investigados criteriosamente para elucidação diagnóstica.

A ocorrência  da  paralisia  associada  à  vacina  é rara,  cerca  de  1  caso/2,4 milhões de doses distribuídas nos EUA. A taxa é maior após a primeira dose (cerca de 1 caso/760 mil doses, incluindo receptores e comunicantes). Para os receptores de primeira dose, o risco é de 1 caso/1,5 milhões. Para os comunicantes de receptores de primeira dose, o risco é de 1 caso/2,2 milhões de doses. Para as  doses subseqüentes,  o risco  é substancialmente menor  para receptores  e comunicantes. Para imunodeficientes, o risco é 3,2 mil a 6,8 mil vezes maiores.

Na  ocorrência  de  eventos  adversos  associados  à  vacinação  notificar  a Vigilância  Epidemiológica  do  Município/  Regional  ou  ao  DISQUE  CVE 0800-555466.

Recomendações:

Ø  a vacinação poderá ser antecipada nas zonas rurais e outros locais de
difícil acesso e também em creches e escolas;
Ø  nos postos de grande demanda, para evitar um contato prolongado com o
calor da mão, utilizar dois frascos ou bisnagas de vacina, alternando a
cada cinco crianças vacinadas.



Biologia e Saúde: Situação Epidemiológica da Influenza A (H1N1)

Biologia e Saúde: Situação Epidemiológica da Influenza A (H1N1): Panorama global  A Organização Mundial de Saúde (OMS), por meio do Programa Global de Influenza, monitora a atividade da doença mu...

Situação Epidemiológica da Influenza A (H1N1)





Panorama global 

A Organização Mundial de Saúde (OMS), por meio do Programa Global de Influenza, monitora a atividade da doença mundialmente. A atualização, baseada nos dados epidemiológicos e laboratoriais disponíveis, é realizada com respaldo em informes técnicos disponibilizados a cada duas semanas. 
De acordo com a OMS, a atividade viral atingiu seu nível máximo na segunda quinzena de abril de 2012 na maioria das áreas da região temperada do hemisfério norte. Em particular, na América do Norte, a transmissão permaneceu baixa ou decrescente durante quatro semanas consecutivas nos Estados Unidos da América (EUA) e durante três semanas no Canadá. O vírus da influenza A(H3N2) predominou na maioria das regiões dos EUA durante a sazonalidade, enquanto no Canadá houve predomínio de influenza B. O vírus da influenza A(H1N1)pdm09 permanece em cocirculação no Canadá, EUA e México.
Na maioria dos países europeus, a temporada de influenza atingiu o pico no início de abril, na sequência apresentando um declínio na incidência de Síndrome Gripal (SG) e redução no número de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG). Houve aumento na proporção de vírus influenza B, sendo predominante o vírus influenza A (H3N2).
Em países da região temperada da Ásia, a atividade da influenza apresentou decréscimo. A proporção de vírus influenza A (H3N2) detectada aumentou em relação ao vírus influenza B no norte da China e na Mongólia, no decorrer da sazonalidade. No Japão, o vírus influenza A (H3N2) foi predominante na temporada. Na República da Coréia, o vírus influenza B predominou em relação ao vírus influenza A.
Os vírus influenza A (H1N1)pdm09 foram submetidos a testes de suscetibilidade dos inibidores da neuraminidase em nove países da Europa Ocidental, não apresentando resistência. No entanto, nos EUA foi observado um aumento de 2% nos níveis de resistência ao oseltamivir entre os isolados de influenza A (H1N1)pdm09.

América do Sul

Os países da região tropical da América do Sul relataram níveis baixos ou não detectáveis na transmissão de influenza nas últimas semanas. Na América Central e no Caribe, a atividade da influenza permaneceu baixa, com exceção da República Dominicana onde houve aumento na detecção de influenza A (H3N2).  Na América do Sul, a porcentagem de amostras positivas para influenza e outros vírus respiratórios está representada nas Figura 1 e 2. Houve um aumento na detecção de vírus respiratórios a partir da SE 12. Dentre os vírus detectados encontram-se o influenza A (H3N2), influenza A(H1N1)pdm09 e influenza B.

Síndrome respiratória aguda grave (SRAG)

É considerado caso suspeito indivíduo de qualquer idade com Síndrome Respiratória Aguda caracterizada por febre alta, mesmo que referida, tosse e dispnéia, acompanhada ou não dos sinais e sintomas abaixo:
a) aumento da frequência respiratória (de acordo com a idade);
b) hipotensão em relação à pressão arterial habitual do paciente; e
c) em crianças, além dos itens acima, observar também os batimentos de asa de nariz, cianose, tiragem intercostal, desidratação e inapetência.

Os casos de SRAG com internação hospitalar e óbitos devem ser notificados individual e imediatamente, de preferência em até 24 horas no Sinan online, com a utilização da Ficha de Investigação Individual.

Brasil

Até a SE 18 de 2012, foram notificados 2.047 casos de SRAG hospitalizados, sendo 130 (6,4%) confirmados para o vírus influenza. Houve predominância de casos de influenza A(H1N1)pdm09, totalizando 103 (79,2%) casos. Na totalidade dos óbitos (n=18) registrados, 15 foram por influenza A (H1N1)pdm09, um por influenza A sazonal, um por influenza B e um permanece em investigação.
A região Nordeste concentrou a maior proporção de casos de SRAG hospitalizados confirmados para o vírus influenza (19%), seguido da região Norte (18,2%), Centro-Oeste (11,7%), Sul (5%) e Sudeste (3,3%). O vírus influenza A (H1N1)pdm09 predominou na região Nordeste (94,4%), Centro-Oeste (88,9%), Sudeste (81,6%) e Sul (75,9%). Na região Norte houve predomínio do vírus influenza A sazonal.

Estado de São Paulo

Em 2011, foram notificados 703 casos de SRAG hospitalizados (Figura 3), sendo 26 casos confirmados para o vírus influenza A (H1N1)09pdm (3,7%), 665 (94,6%) descartados/outros agentes e 12 (1,7%) permanecem em investigação. Dentre os óbitos (SRAG hospitalizados), quatro foram confirmados para o vírus influenza A sazonal e quatro foram confirmados para o vírus influenza A(H1N1)09pdm.
Até maio de 2012 (SE19), foram notificados 244 casos de SRAG hospitalizados (Figura 3), sendo 18 (7,4%) casos confirmados para o vírus influenza A (H1N1)09pdm, 189 (77,4%) descartados/outros agentes e 37 (15,2%) permanecem em investigação. Dentre os descartados para o vírus influenza A (H1N1)09pdm, quatro foram confirmados para o vírus influenza A sazonal e um confirmado para o vírus influenza B sazonal. Foram registrados seis óbitos por influenza em casos de SRAG hospitalizados. Um foi confirmado para o vírus da influenza A sazonal, um para o vírus da influenza B sazonal e quatro confirmados para o vírus influenza A (H1N1)pdm09.

Em relação  à  2011, a distribuição dos casos segundo GVE e município de residência encontra-se na Tabela 1. Dentre os descartados para A (H1N1)09pdm, em 56 (8%) casos houve identificação viral, 46 (82,1%) influenza A sazonal e 10 (17,8%) influenza B sazonal.

Dentre os 26 casos confirmados (A/H1N109pdm), 16 (61,5%) são do sexo feminino, distribuídos conforme faixa etária apresentada na Tabela 2. No que diz respeito à vacinação contra influenza, três (11,5%) indivíduos eram vacinados, 12 (46,1%) não vacinados e 11 (42,3%) com informação ignorada.

Vigilância Sentinela de Influenza

O Programa Global de Influenza monitora a atividade da influenza em nível mundial. Este tem por base dados epidemiológicos e laboratoriais reportados pela Rede de Vigilância Mundial de Influenza, na qual o Brasil e, por conseguinte, o Estado de São Paulo encontram-se inseridos.
É considerado caso suspeito de síndrome gripal (SG) indivíduo com doença aguda (com duração máxima de cinco dias), apresentando febre (ainda que referida) acompanhada de tosse ou dor de garganta, na ausência de outros diagnósticos.
As informações apresentadas são referentes às amostras coletadas nas unidades sentinela de influenza e identificadas por meio das técnicas de imunofluorescência (IFI), sendo os resultados registrados no Sistema da Vigilância Sentinela de Influenza Nacional (Sivep-Gripe/SVS/|MS) e da técnica de rt-PCR, ambas realizadas pelo Instituto Adolfo Lutz (IAL) central e suas unidades regionais.

Brasil

Até a SE 19 de 2012, a média de atendimentos semanais por SG representou 10,4% do total de atendimentos. Foram coletadas 3.059 amostras, sendo 440 (14,4%) positivas para o painel de vírus respiratórios. Predominaram a detecção de VRS (52%), influenza A (15,7%) e adenovírus (11,4%).
Estado de São Paulo
O Estado de São Paulo conta atualmente com 10 unidades sentinela para a vigilância da influenza, estrategicamente distribuídas na Grande São Paulo e Interior, sendo a meta estadual 50 amostras biológicas coletadas por SE.   De acordo com os dados disponíveis no Sivep-Gripe, entre as SE 1 e 19 de 2012, a média da proporção de atendimento de casos de SG em relação ao atendimento por clínica médica e pediatria foi de 13%, como ilustra o diagrama de controle.

Até a SE 19, foram processadas 753 amostras, sendo 168 (22,3%) positivas para o painel de vírus respiratórios. Houve predomínio do VRS (83,9%), seguido dos vírus parainfluenza (8,9%), influenza A (3,6%), adenovírus (2,4%) e influenza B (11,2%).

De acordo com os dados registrados no Sivep-Gripe, provenientes das unidades sentinela de influenza, detectou-se a circulação do vírus influenza A e aumento progressivo na identificação de VRS, neste primeiro quadrimestre de 2012. 
O Núcleo de Doenças Respiratórias (NDR) do IAL fornece atualizações mensais sobre os vírus identificados na IFI e submetidos à técnica de rt-PCR. No presente, em 12 amostras positivas para o vírus influenza foram identificadas: sete (58,3%) para o vírus influenza A(H3), quatro (25%) para o vírus influenza A(H1N1) 2009pdm, um (8,3%) para o vírus influenza A não tipificado. 
  
Campanha de vacinação

Em 2011, durante a campanha, foram vacinados os indivíduos com 60 anos ou mais de idade, profissionais de saúde, povos indígenas, gestantes e as crianças entre seis meses e um ano, 11 meses e 29 dias de idade, totalizando 5.367.656 pessoas. A cobertura geral da campanha de 2011 foi aproximadamente 80%.
A OMS reúne anualmente consultores técnicos, em fevereiro e setembro, com o objetivo de analisar e recomendar a inclusão das cepas prevalentes na vacina trivalente anual, respectivamente, no hemisfério norte e sul. No período de abril a setembro de 2011, as estirpes mais prevalentes no hemisfério sul contempladas na recomendação atual foram:

• A/California/07/2009-Like (H1N1);
• A/Perth/16/2009-Like (H3N2); 
• B/Brisbane/60/2008-Like. 

A recente recomendação será utilizada na composição da vacina da próxima campanha de vacinação de influenza (2012). Vale ressaltar que as cepas contempladas na recomendação atual estão em concordância com as mais prevalentes identificadas pelo NDR/Centro  de Virologia/IAL, integrante da Rede Nacional de Vigilância da Influenza e da GISN.
Encontra-se em curso no período de 5 a 25 de maio de 2012, prorrogada até 1/6/2012, a Campanha Nacional de Vacinação contra a influenza utilizando-se a nova composição. No decorrer da campanha, a vacina contra influenza está disponível nas salas de vacinação do SUS para:

• adultos com 60 anos ou mais de idade;
• crianças entre seis meses e menores de dois anos de idade;
• gestantes em qualquer período da gestação;
• trabalhadores da saúde;
• população indígena;
• pessoas com doenças crônicas;
• população prisional.

As pessoas com doença crônica serão vacinadas mediante prescrição ou receita médica. 
Os trabalhadores do setor da saúde que serão vacinados incluem aqueles vinculados aos serviços públicos, conveniados e privados nos diferentes níveis de complexidade e que prestam atendimento ou investigam pacientes com infecções respiratórias, por exemplo: hospitais gerais, Unidades de Assistência Médica Hospitalar (AMA), Ambulatório Médico de Especialidades (AME), Pronto Socorro, Pronto Atendimento, maternidades, ambulatórios, Unidades Básicas de Saúde, Programa Saúde da Família, instituições asilares, etc. 
A população alvo da campanha corresponde a aproximadamente 6,56 milhões de pessoas. A meta será vacinar 80% dessa população, ou seja, cerca de 5,3 milhões de pessoas. 

Recomendações gerais

As recomendações de alerta e medidas de prevenção individual (lavagem frequente das mãos, uso de lenços descartáveis ao tossir e espirrar etc.) e ambiental (ambientes ventilados e limpos) devem ser mantidas e fortalecidas, além de atenção especial com crianças, gestantes, portadores de doenças crônicas (cardiopatias, diabetes, asma brônquica, nefropatias, etc.) e idosos. Ao surgirem sinais e sintomas sugestivos de influenza (gripe) ou resfriado, como febre, tosse e dor de garganta, as pessoas não devem tomar remédios por conta própria, uma vez que os sinais e sintomas podem ser mascarados, dificultando o diagnóstico. Dessa forma, recomenda-se que o paciente procure o serviço de saúde mais próximo para assistência médica, esclarecimento
diagnóstico e tratamento adequado.

Recomenda-se fortemente que todos os serviços de saúde em nível estadual e municipal alertem seus principais equipamentos públicos e privados para que os profissionais de saúde continuem a priorizar:

a) a detecção precoce e o monitoramento de eventos incomuns;
b) a investigação de casos graves individuais ou em situações de surto;
c) o monitoramento das infecções respiratórias agudas e os vírus circulantes;
d) a manutenção e atualização frequente dos fluxos e sistemas de informações;
e) monitorar os grupos de risco aumentado para desenvolvimento de doenças graves;
f) atentar para mudanças do padrão antigênico e genético dos vírus circulantes, como também o aparecimento de resistência antiviral;
g) efetivar e fortalecer parcerias.

Obs: informações adicionais consultar o endereço eletrônico do CVE:


Documento elaborado e atualizado pela Equipe Técnica da Divisão de Doenças de Transmissão Respiratória/CVE/CCD/SES-SP; colaboração da Divisão de Imunização/CVE/CCD/SES-SP e do Instituto Adolfo Lutz - IAL/CCD/SES-SP. São Paulo/Brasil, Maio de 2012.



sábado, 16 de junho de 2012

MS alerta sobre condutas frente a casos de influenza por A/H1N1

 Ministério da Saúde alerta sobre condutas frente a casos de influenza por A/H1N1

O Ministério da Saúde alerta os profissionais de saúde para a chegada do inverno, no próximo dia 22 de junho, época em que se intensifica a circulação dos vários subtipos do vírus da influenza, exigindo atenção redobrada para as medidas de vigilância epidemiológica e de assistência apropriadas. Particularmente, é preciso esclarecer bem e implantar as recomendações do Ministério sobre possíveis casos de influenza pelo subtipo do vírus de influenza A/H1N1 2009.

O subtipo do vírus de influenza denominado A/H1N1 2009 surgiu no início daquele ano, no México, e foi responsável pela pandemia de influenza registrada naquele ano. Em agosto de 2010, com base nos dados epidemiológicos registrados, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a pandemia como encerrada. Uma pandemia ocorre quando aparece um subtipo completamente novo do vírus da influenza. Nessa situação, como toda a população é suscetível, há uma disseminação rápida desse novo subtipo. No século passado, esse fenômeno ocorreu três vezes, em 1918, 1957 e 1968.  Na pandemia de 2009, a grande maioria dos casos foi leve, com cura espontânea, sem complicações. Entretanto, em alguns casos, houve a ocorrência de casos graves, principalmente em alguns grupos como gestantes, crianças pequenas, idosos, obesos e portadores de doenças crônicas.

Mesmo com o fim da pandemia, o subtipo A/H1N1 2009 continua circulando no mundo inteiro, agora produzindo apenas surtos localizados, porque a maioria das pessoas já está protegida contra ele, seja porque tiveram a infecção natural em 2009 (estima-se que até 30% da população podem ter tido influenza pelo subtipo A/H1N1 2009) ou porque se vacinaram nas campanhas realizadas em 2010, 2011 e 2012. Esses surtos vêm ocorrendo em praticamente todos os países do mundo, e também no Brasil. Para responder a essa situação, a OMS manteve esse subtipo entre os três que fazem parte da composição da vacina contra a influenza, protegendo os grupos mais vulneráveis às complicações, como as mulheres grávidas, as crianças menores de 2 anos e os idosos. Em nosso país, a campanha de influenza para o inverno de 2012, recentemente realizada, atingiu cobertura acima de 80%, uma das mais altas do mundo.

Além da garantia da vacinação dos grupos vulneráveis, o Ministério da Saúde revisou e divulgou, no ano passado, um novo Protocolo de Tratamento da Influenza (clique aqui para acessa),  visando atualizar os profissionais de saúde com as medidas adequadas para reduzir a transmissão e evitar os casos graves pelo subtipo A/H1N1 2009. Entre essas medidas destacam-se:

1.      Ações de higiene pessoal, como lavar as mãos várias vezes ao dia, evitar tocar a face com as mãos e proteger a tosse e o espirro com lenço descartável;

2.       Procurar um serviço de saúde caso apresente a síndrome gripal, que é definida pelo surgimento, simultaneamente, de febre de início súbito + tosse ou dor na garganta + cefaleia (dor de cabeça) ou mialgia (dor nos músculos) ou artralgia (dor nas articulações);

3.      Quando se comprovar que há circulação do subtipo A/H1N1 2009, os médicos devem prescrever o antiviral oseltamivir, o mais precocemente possível, sem aguardar resultados de laboratório ou sinais de agravamento, em todas as pessoas que apresentarem a síndrome gripal, particularmente nos grupos vulneráveis para complicações, como as gestantes, crianças pequenas, idosos, obesos e portadores de doenças crônicas.

Não há indicação para suspender atividades sociais ou aulas, porque isso não se mostrou efetivo para reduzir a transmissão do A/H1N1 2009, servindo apenas para criar uma sensação de insegurança nas pessoas. A utilização da vacina, nessa situação atual, também não é recomendada porque a produção de anticorpos contra o vírus da influenza só se inicia após duas semanas da aplicação, não garantindo a proteção imediata, que seria necessária num surto que geralmente é de duração muito limitada. Estudos realizados durante a pandemia mostraram que a medida que se revelou mais eficaz para evitar casos complicados e óbitos é o acesso rápido ao antiviral oseltamivir.

O Ministério da Saúde descentralizou, desde 2011, um estoque suficiente desse antiviral para todos os estados brasileiros e mantém um estoque estratégico capaz de suprir qualquer nova necessidade.

terça-feira, 12 de junho de 2012

Biologia e Saúde: Acidente Por Animais Peçonhentos

Biologia e Saúde: Acidente Por Animais Peçonhentos:                                                                     ...

Acidente Por Animais Peçonhentos