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sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Vacinação, você sabe a diferença entre as vacinas Saben e Salk.

A vacinação é a maneira mais eficaz de se evitar diversas doenças imunopreveníveis, como varíola (erradicada), poliomielite (paralisia infantil), sarampo, tuberculose, rubéola, gripe, hepatite B e febre amarela, entre outras. 

É Importante ressaltar alguns conceitos básicos sobre imunização:

Vacina é o mecanismo usado para controlar algumas doenças infecto-contagiosa. Consiste na inoculação de um antígeno na corrente sanguínea de uma pessoa, visando à produção de anticorpos.

pessoa vacinada é aquela que recebeu uma dose da vacina, independentemente de ter recebido o esquema completo.

pessoa imune é aquela que possui anticorpos protetores específicos contra determinado agente infeccioso. Essa imunidade pode ser adquirida naturalmente (pela doença) ou artificialmente (pela imunização adquirida por meio da vacinação).

Imunidade é a capacidade de o sistema imunológico reconhecer substâncias estranhas e promover uma resposta contra elas (micro-organismo responsável por uma doença infecciosa específica ou sobre suas toxinas).

As ações de vacinação são coordenadas pelo Programa Nacional de Imunizações (PNI) da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde e têm o objetivo de erradicar, eliminar e controlar as doenças imunopreveníveis no território brasileiro.

O Programa foi criado em 1973, regulamentado no ano de 1975 pela Lei nº 6.259, de 30/10/1975, e pelo Decreto nº 78.231, de 30/12/1976, representando um instrumento destinado à proteção da população brasileira contra doenças que podem ser evitadas com o uso de imunobiológicos, incluindo as vacinas. Atualmente, o PNI preconiza a vacinação para a família e, além da imunização de crianças, oferece também a vacinação para adolescentes, adultos, idosos, povos indígenas e populações com necessidades especiais.

O Programa coordena e define normas e procedimentos técnicos e científicos articulados às secretarias de estado e estas com as secretarias municipais, mediante ações estratégicas sistemáticas de vacinação da população, com base na vigilância epidemiológica de doenças imunopreveníveis e inovações tecnológicas da área. Também tem o papel de adquirir, conservar e distribuir os imunobiológicos que integram os calendários de vacinação do PNI nas aproximadamente 34 mil salas de vacina em todo o país.

As ações de vacinação contribuíram, de forma significativa, para manter a erradicação do ciclo urbano da febre amarela e da erradicação da varíola no Brasil. Outro resultado de destaque é a ausência de registros da paralisia infantil há 22 anos e do sarampo, há dez anos.

O PNI do Ministério da Saúde, em consonância com a Constituição da República Federativa do Brasil e a Lei Orgânica da Saúde, proporciona o acesso equânime aos imunobiológicos especiais aos grupos portadores de imunodeficiências congênitas ou adquiridas e seus comunicantes, usuários com história associada a evento adverso pós-vacinação e profilaxia pré e pós-exposição a determinados agravos. Estão disponibilizados nos 42 Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (Crie) das 27 unidades federadas.

Vacinas contra poliomielite
poliomielite é uma doença infecciosa causada pelo poliovírus (sorotipos 1, 2 e 3), que pode determinar paralisia flácida (permanente ou transitória) ou óbito. A infecção é mais comum em crianças ("paralisia infantil"), mas também ocorre em adultos, geralmente de forma mais grave.
As vacinas disponíveis no Brasil:

Sabin (oral, com vírus atenuado)
Salk (injetável, com vírus inativado)

Produzem imunidade contra os três sorotipos do poliovírus e têm eficácia comparável. Os indivíduos que recebem a Sabin elimininam os vírus junto com as fezes por cerca de seis semanas, o que pode resultar em risco para contactantes próximos não imunizados. A Sabin ainda é a única vacina contra a poliomielite utilizada em imunizações de rotina no Brasil.

Os indivíduos saudáveis que recebem a Sabin - raramente - podem, principalmente quando recebem a primeira dose, desenvolver poliomielite induzida por mutação ("reversão) dos próprios vírus atenuados componentes da vacina. O risco é maior em adultos epessoas com imunodeficiência, causada por qualquer doença ou medicamento.

poliomielite associada à vacina também pode ocorrer em contactantes próximos, não imunizados ou inadequadamente imunizados, de pessoas que receberam a vacina oral. Apoliomielite vacinal tem evolução clínica idêntica à causada pelo vírus "selvagem", podendo causar  paralisia flácida (permanente ou transitória) ou, eventualmente, evoluir para o óbito.

A vacina oral contra a poliomielite não deve ser utilizada em pessoas com imunodeficiência (inclusive portadores assintomáticos de HIV) e nem em contactantes desses indivíduos.

Os indivíduos com imunodeficência, além do risco maior de poliomielite vacinal, podem eliminar o vírus pelas fezes por períodos prolongados (meses, anos), o que facilita a ocorrência de mutação ("reversão") e constitui um risco para pessoas não vacinadas. Em uma situação de baixa cobertura vacinal na população, o vírus mutante pode levar a epidemias ou surtos de poliomielite, como ocorreu na Bielorrússia (1965–66), no Egito (1983-93), República Dominicana e Haiti (2000–01), Filipinas (2001), Madagascar (2001–02) e Nigéria (2005).

A vacina com vírus inativado (Salk) deverá ser utilizada no Brasil a partir de agosto de 2012, para o início (primeira e segunda dose) do esquema de imunização indicado para crianças. 
Os adultos que nunca foram vacinados, quando viajarem para áreas de risco, devem receber, preferencialmente, pelo menos nas duas primeiras doses, a vacina com o vírus inativado (Salk), pelo risco de poliomielite vacinal, que embora pequeno, é maior neste grupo do que em crianças.

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Biologia e Saúde: Primeira vacina contra a dengue combate três tipos...

Biologia e Saúde: Primeira vacina contra a dengue combate três tipos...: Laboratório francês desenvolveu medicamento e realiza testes com o produto. Lançamento da vacina para o mercado pode ocorrer em 2015. ...

Primeira vacina contra a dengue combate três tipos virais da doença.

Laboratório francês desenvolveu medicamento e realiza testes com
o produto.
Lançamento da vacina para o mercado pode ocorrer em 2015.

A primeira vacina do mundo contra a dengue, desenvolvida pelo laboratório francês Sanofi SA, demonstrou a capacidade de proteger contra três das quatros cepas virais causadoras da doença, de acordo com resultado de um aguardado teste clínico na Tailândia.

A Sanofi disse nesta quarta-feira (25) que a prova de eficiência é 
um marco importante nestas sete décadas de luta para desenvolver 
uma vacina viável  contra a dengue, e que os resultados também 
confirmam que a fórmula é segura.

Outros laboratórios estão trabalhando em vacinas contra a doença, mas o produto da Sanofi está anos à frente. A dengue, transmitida por mosquito, ameaça quase 3 bilhões de pessoas no mundo, sendo milhões delas no Brasil. A contaminação por uma cepa viral não garante imunidade contra as outras três.

A vacina da Sanofi gerou uma resposta imunológica às quatro cepas, mas só houve comprovação da sua eficácia contra três delas. A Sanofi disse estar realizando análises para entender a resistência do quarto tipo, e que a Fase 3 do teste clínico poderá indicar se isso tem relação com alguma situação específica da Tailândia.

O estudo da Fase 2B, envolvendo 4.002 crianças tailandesas de 4 a 11 anos, foi realizado durante um surto de dengue, o que pode explicar o resultado inesperado.

Lançamento pode ocorrer em 2015

O analista Mark Clark, do Deutsche Bank, disse que a falta de proteção contra o quarto tipo do vírus significa que o lançamento comercial da vacina é mais provável em 2015 do que em 2014, pois a Sanofi aguardará a Fase 3 antes de protocolar o pedido de registro em alguns países.

"Mais positivamente, como a proteção contra pelo menos três dos quatro tipos virais foi demonstrada, os dados amparam a possibilidade de lançamento dessa enorme necessidade clínica não-atendida",disse Clark em nota de pesquisa.

A Sanofi Pasteur, unidade de vacinas do laboratório, já investiu 350 milhões de euros (US$ 423 milhões) em uma nova fábrica na França para produzir a vacina, que é administrada em três doses. A empresa prevê um faturamento anual de 1 bilhão de euros com o produto.

Os dados completos do estudo ainda estão sendo revistos por especialistas e autoridades de saúde, e devem ser divulgados ainda neste ano. A Fase 3 do estudo, com 31 mil participantes, está sendo realizada em dez países da Ásia e América Latina.

Nos últimos 50 anos, o número de casos da dengue no mundo se multiplicou por 30.
A Organização Mundial da Saúde estima que haja 50 a 100 milhões de novos casos por ano, mas muitos especialistas avaliam que essa cifra, da década de 1990, está  subestimada.

A doença mata cerca de 20 mil pessoas por ano, especialmente crianças.





Você já ouviu falar em LABIRINTOPATIAS?

O que é a labirintopatia





A labirintite é uma doença decorrente de alterações metabólicas e vestibulares que atinge muitas pessoas, no geral, depois dos 40, 50 anos, mais atinge pessoas de todas as idades (inclusive crianças), no entanto, o termo é impróprio, porém, comumente usado para designar uma afecção que  pode comprometer tanto o equilíbrio, quanto  a audição do indivíduo, isso porque afeta o labirinto.

O labirinto é uma estrutura do ouvido (parte interna da orelha), que a cada instante detecta a posição do corpo e envia sinais às estruturas cerebrais relacionadas ao equilíbrio. O labirinto é constituído pela cóclea e pelo vestíbulo. A cóclea é responsável pela audição e o vestíbulo responsável pelo equilíbrio.

Muitas são as causas de labirintopatias: os níveis aumentados de colesterol, triglicérides e ácido úrico podem acarretar alterações dentro das artérias, que reduzem a quantidade de sangue circulando nas áreas do cérebro e do labirinto.

A hipoglicemia, otites, hipertensão, diabetes, o uso de álcool, fumo, café e de certos medicamentos, entre eles, alguns antibióticos, anti-inflamatórios, estresse e ansiedade, são considerados fatores de risco para a labirintite.

As causas também podem ser decorrentes de problemas musculares, ligamentares e de alguns outros componentes da face que, por não estarem na posição de conforto, acabam comprimindo a artéria que irriga o labirinto, levando a uma redução de seu volume sanguíneo, podendo ocasionar no paciente, sintomas relacionados ao labirinto.

Sintomas

Geralmente os sintomas característicos das labirintopatias são tonturas e vertigens associadas ou não a náuseas, alterações gastrintestinais, sudorese vômitos, zumbidos, audição diminuída e desequilíbrio.

Alterações visuais: na vertigem rotatória clássica, a sensação é que o ambiente gira ao redor do corpo, ou que o corpo roda em relação ao ambiente, dificuldade de fixar o olho, a vista escurece, não enxerga com nitidez, vista embaçada ou fotofobia (que é a dificuldade de enxergar, em ambientes claros - a luz incomoda, o que faz que o paciente prefira ficar, em ambientes mais escuros ou usar óculos de sol).

Alterações na percepção do movimento da cabeça e/ou do corpo : Na tontura, a sensação é de desequilíbrio, instabilidade, de pisar no vazio, de queda. dificuldade de andar em linha reta, ao se levantar da cama, da cadeira; podem sentir sintomas de labirintites ao dirigir o carro, ao olhar para os lados ou para cima ou se agachar para pegar alguma coisa no chão ou ter sensações de desmaio.

Problemas no ouvido como : zumbidos no ouvido, dor de ouvido, sensação de ouvido tampado, sensibilidade auditiva (o barulho incomoda) ou dificuldade de ouvir. Nos casos em que os sintomas das labirintopatias  aparecem sem que o paciente esteja se movimentando, é chamado de vertigem.

Na fase aguda da doença, conforme a intensidade da crise, pode durar de minutos, horas a dias.

Geralmente o individuo que tem sintomas de labirintopatias , sofre durante meses e até anos, e durante todo esse tempo faz uso de vários  remédios ( com seus efeitos colaterais ), passa por vários exames e tratamentos, sem resultados. Tudo desnecessário, basta saber as causas desses sintomas, tomar algumas medidas simples e o tratamento adequado e de maneira correta.

Diagnóstico


Avaliação clínica e o exame otoneurológico completo são muito importantes para estabelecer o diagnóstico da labirintopatia, especialmente o diagnóstico diferencial, haja vista que as seguintes enfermidades podem provocar sintomas bastante parecidos: hipoglicemia, diabetes, hipertensão, reumatismo, doença de Mèniére, esclerose múltipla, tumores no nervo auditivo, no cerebelo e em áreas do tronco cerebral, drogas ototóxicas, doenças imunológicas e a cinetose, também chamada de doença do movimento que não tem ligação com as doenças vestibulares ou do labirinto.

A tomografia computadorizada e a ressonância magnética, assim como os testes labirínticos, podem ser úteis para fins diagnósticos.

Tratamento

São vários os tipos de medicamentos que podem ser indicados no tratamento da labirintite:

Vasodilatadores : facilitam a circulação sanguínea e melhoram o calibre dos vasos muitas vezes reduzido pelas placas de ateromas.
Labirinto-supressores : suprimem a tontura pela ação no sistema nervoso, Anticonvulsivantes e antidepressivos (inibidores seletivos de recaptação da serotonina).


Drogas que atuam sobre outros sintomas, suprimindo a náusea, o vômito, o mal-estar. Uma vez estabelecida a causa e estabelecido o tratamento adequado, a tendência é a doença desaparecer.

Importante frisar

Segundo pesquisas recentes, o uso contínuo de certos medicamentos, para tratamento das tonturas, vertigens ou zumbidos (Labirintopatias), indicados para pessoas acima de 40 anos, podem induzir sintomas, associados ao mal de Parkinson (falso mal de Parkinson). Esse problema pode ocorrer, com medicamentos do tipo flunarizina e cinarizina.

Aqui estão relacionados os nomes comerciais da cinarizina e da flunarizina:

Cinarizina: Cinageron, Antigeron, Stugeron, Coldrin, Cronogeron, Exit, Vessel, Sureptil e Verzum.

Flunarizina: Flunarin, Fluvert, Vertizine D, Sibelium, Flumax e Vertix.

Essas drogas, são potenciais bloqueadoras de dopamina, uma das principais causas do Parkinson.

Recomendações

Para prevenir as crises de labirintopatias algumas mudanças no estilo de vida são fundamentais como:

Ø Evitar o consumo de álcool. Se beber, faça-o com muita moderação.
Ø Não fumar.
Ø Controlar os níveis de colesterol, triglicérides e a glicemia.
Ø Optar por uma dieta saudável que ajude a manter o peso adequado e equilibrado.
Ø Não deixar grandes intervalos entre uma refeição e outra,  evitar ficar mais de três horas sem ingerir algum alimento, inclua em sua refeição legumes e verduras.
Ø Pratique atividade física. Uma caminhada de no mínimo  trinta minutos por dia já ajuda muito.
Ø Ingira bastante líquido(mais sem exageros).
Ø Recuse as bebidas gaseificadas que contêm quinino.
Ø Procure administrar, da melhor forma possível, as crises de ansiedade e o estresse;
Ø Evitar a ingestão de doces.
Ø Evitar a ingestão de café, chá mate, suco de frutas industrializado.
Ø Evitar o excesso de corantes e conservantes,
Ø Evitar repouso excessivo.
Ø Evitar travesseiros que sejam muito altos.
Ø Importante: não dirija durante as crises ou sob o efeito de remédios para tratamento da labirintite.


O principal desconforto para as pessoas que sofrem de labirintopatias  conviver de maneira frequente com a sensação de tontura, zonzeira ou falta de equilíbrio. Por isso, para amenizar as crises de tontura, veja aqui algumas dicas:

Se caso sentir a sensação tontura ou zonzeira, vá imediatamente para um lugar bastante ventilado e fique o tempo todo sentado até que a sensação passe, mantenha os olhos abertos e olhe sempre para um ponto fixo na parede. É importante ressaltar que a labirintite não causa desmaios e assim que se recuperar procure um médico.

Caso precise prestar socorro para alguém que sofre de labirintite o mais indicado é colocar a pessoa sentada e em hipótese alguma dar qualquer tipo de medicamento ou colocar sal debaixo da língua da pessoa e não ofereça nenhum tipo de bebida que contenha álcool e cafeína, como por exemplo, café ou refrigerante, dê sempre água.

É importante lembrar que nem toda tontura é originada pelo distúrbio no labirinto, às vezes o problema pode estar relacionado com o cérebro, mas na maioria das vezes o problema está no ouvido. Por isso, depois de diagnosticada a doença deve ser tratada com medicamentos que são tomados via oral ou com exercícios que podem ser feitos em casa para reposicionar o labirinto.

Sem receber o tratamento adequado a labirintite pode piorar e a pessoa corre o risco de ficar incapacitada, pois a doença pode ir evoluindo e chegar a um quadro mais grave, nesses casos a cirurgia é necessária.

A labirintite quando não tratada pode trazer pequenas consequências para as pessoas, mas no caso das crianças, a doença pode causar um mau rendimento escolar e nos idosos quedas e o risco de quebrar os ossos.

Leomar de Brito

terça-feira, 17 de julho de 2012

Biologia e Saúde: MS alerta sobre condutas frente a casos de influen...

Biologia e Saúde: MS alerta sobre condutas frente a casos de influen...: Com a chegada do inverno em 22 de junho, época em que se intensifica a circulação dos vários subtipos do vírus da influenza. Particularmen...

MS alerta sobre condutas frente a casos de influenza por A/H1N1

Com a chegada do inverno em 22 de junho, época em que se intensifica a circulação dos vários subtipos do vírus da influenza. Particularmente, é preciso esclarecer bem e implantar as recomendações do Ministério sobre possíveis casos de influenza pelo subtipo do vírus de influenza A/H1N1 2009.


O subtipo do vírus de influenza denominado A/H1N1 2009 surgiu no início daquele ano, no México, e foi responsável pela pandemia de influenza registrada naquele ano. Em agosto de 2010, com base nos dados epidemiológicos registrados, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a pandemia como encerrada. Uma pandemia ocorre quando aparece um subtipo completamente novo do vírus da influenza. Nessa situação, como toda a população é suscetível, há uma disseminação rápida desse novo subtipo. No século passado, esse fenômeno ocorreu três vezes, em 1918, 1957 e 1968.  Na pandemia de 2009, a grande maioria dos casos foi leve, com cura espontânea, sem complicações. Entretanto, em alguns casos, houve a ocorrência de casos graves, principalmente em alguns grupos como gestantes, crianças pequenas, idosos, obesos e portadores de doenças crônicas.


Mesmo com o fim da pandemia, o subtipo A/H1N1 2009 continua circulando no mundo inteiro, agora produzindo apenas surtos localizados, porque a maioria das pessoas já está protegida contra ele, seja porque tiveram a infecção natural em 2009 (estima-se que até 30% da população podem ter tido influenza pelo subtipo A/H1N1 2009) ou porque se vacinaram nas campanhas realizadas em 2010, 2011 e 2012. Esses surtos vêm ocorrendo em praticamente todos os países do mundo, e também no Brasil. Para responder a essa situação, a OMS manteve esse subtipo entre os três que fazem parte da composição da vacina contra a influenza, protegendo os grupos mais vulneráveis às complicações, como as mulheres grávidas, as crianças menores de 2 anos e os idosos. Em nosso país, a campanha de influenza para o inverno de 2012, recentemente realizada, atingiu cobertura acima de 80%, uma das mais altas do mundo.


Além da garantia da vacinação dos grupos vulneráveis, o Ministério da Saúde revisou e divulgou, no ano passado, um novo Protocolo de Tratamento da Influenza (clique aqui para acessa),  visando atualizar os profissionais de saúde com as medidas adequadas para reduzir a transmissão e evitar os casos graves pelo subtipo A/H1N1 2009. Entre essas medidas destacam-se:


1.      Ações de higiene pessoal, como lavar as mãos várias vezes ao dia, evitar tocar a face com as mãos e proteger a tosse e o espirro com lenço descartável;

2.       Procurar um serviço de saúde caso apresente a síndrome gripal, que é definida pelo surgimento, simultaneamente, de febre de início súbito + tosse ou dor na garganta + cefaleia (dor de cabeça) ou mialgia (dor nos músculos) ou artralgia (dor nas articulações);

3.      Quando se comprovar que há circulação do subtipo A/H1N1 2009, os médicos devem prescrever o antiviral oseltamivir, o mais precocemente possível, sem aguardar resultados de laboratório ou sinais de agravamento, em todas as pessoas que apresentarem a síndrome gripal, particularmente nos grupos vulneráveis para complicações, como as gestantes, crianças pequenas, idosos, obesos e portadores de doenças crônicas.



Não há indicação para suspender atividades sociais ou aulas, porque isso não se mostrou efetivo para reduzir a transmissão do A/H1N1 2009, servindo apenas para criar uma sensação de insegurança nas pessoas. A utilização da vacina, nessa situação atual, também não é recomendada porque a produção de anticorpos contra o vírus da influenza só se inicia após duas semanas da aplicação, não garantindo a proteção imediata, que seria necessária num surto que geralmente é de duração muito limitada. Estudos realizados durante a pandemia mostraram que a medida que se revelou mais eficaz para evitar casos complicados e óbitos é o acesso rápido ao antiviral oseltamivir.

O Ministério da Saúde descentralizou, desde 2011, um estoque suficiente desse antiviral para todos os estados brasileiros e mantém um estoque estratégico capaz de suprir qualquer nova necessidade.

Biologia e Saúde: Tamiflu já pode ser vendido sem retenção da receit...

Biologia e Saúde: Tamiflu já pode ser vendido sem retenção da receit...: O oseltamivir, princípio ativo do medicamento Tamiflu, foi excluído da lista das substâncias sujeitas a controle especial. O medicament...

Tamiflu já pode ser vendido sem retenção da receita


O oseltamivir, princípio ativo do medicamento Tamiflu, foi excluído da lista das substâncias sujeitas a controle especial. O medicamento é utilizado para o tratamento da Influenza A (H1N1).
A partir de agora o medicamento pode ser comercializado sem retenção da receita, isto é, por meio de uma receita simples que deve ser apresentada ao farmacêutico no ato da compra. Para o uso do medicamento, continua sendo necessário o acompanhamento médico.
A RDC 39/2012  foi publicada no Diário Oficial da União desta terça-feira (10/7) e atualiza o Anexo I da Portaria SVS/MS nº 344/98.


Biologia e Saúde: Esquistossomose

Biologia e Saúde: Esquistossomose: Eschistosoma mansoni Reino:       Animalia Filo:          Platyhelminthes Classe:      Trematoda Subclasse: Digenea Ordem:      ...

Esquistossomose

Eschistosoma mansoni

Reino:       Animalia
Filo:          Platyhelminthes
Classe:      Trematoda
Subclasse: Digenea
Ordem:      Strigeiformes
Família:     Schistosomatidae
Gênero:     Schistosoma

Ø  Descrição da doença - é uma infecção transmitida pela água contaminada por cercárias, uma das fases do ciclo evolutivo do Schistosoma  mansoni, um tremadódeo de sexos separados, que necessita de hospedeiros intermediários para completar seu desenvolvimento. A doença caracteriza-se por uma fase aguda e outra crônica quando os vermes adultos, machos e fêmeas, vivem nas veias mesentéricas ou vesiculares do hospedeiro humano durante seu ciclo de vida que dura vários anos. Os ovos produzem minúsculos granulomas e cicatrizes nos órgãos nos quais se alojam ou são depositados. O quadro sintomático depende do número de ovos e local onde estão localizados. A principal complicação da esquistossomose mansônica é a hipertensão portal nos casos avançados que se caracteriza por hemorragia, ascite, edema e insuficiência hepática severa, casos que, apesar do tratamento, quase sempre evoluem para óbito.

Ø  Agente etiológico  -  Shistosoma mansoni, S. haematobium e S. japonicum são as principais espécies que causam enfermidade no homem. S. mekongi, S. malayensis, S. mattheei e S. intercalatum têm importância em apenas algumas áreas.



Ø  Ocorrência - a distribuição da esquistossomose é mundial chegando a atingir 53 países. Na América, a esquistossomose se fixou nas Antilhas, Venezuela, Suriname e Brasil. No Brasil a transmissão ocorre principalmente numa faixa contínua, ao longo do litoral. Ela abrange os Estados do Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia, Maranhão, Espírito Santo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul; para o oeste, a esquistossomose tem sido encontrada em Goiás, Distrito Federal e Mato Grosso. A maior endemicidade da esquistossomose ocorre em Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia e Minas Gerais. A esquistossomose depende da existência de hospedeiros intermediários que, no Brasil, são caramujos do gênero Biomphalaria (B. glabrata, B. tenagophila, B. straminea).



Ø  Ciclo de vida – Modo de transmissão 






Os  ovos são eliminados com fezes ou urina. (1) Sob condições ótimas, os ovos eclodem e liberam os miracídios (2) que nadam e penetram no caramujo, hospedeiro intermediário específico (3). Os estágios no caramujo incluem duas gerações de esporocistos (4) e a produção de cercárias. (5) Abandonando o caramujo, as cercárias infectantes nadam, penetram na pele do hospedeiro humano (6), e  perdem sua cauda bifurcada, tornando-se eschistossômulos (7). O esquistossômulo migra através de diversos tecidos e estágios para sua residência nas veias (8, 9). Vermes adultos, nos humanos, residem nas vênulas mesentéricas em várias localizações, que parecem, às vezes, ser específicas para cada espécie (10). Por exemplo, o S. japonicum é mais freqüentemente encontrado nas veias mesentéricas superiores, que drenam o intestino delgado {A}, e o S. mansoni ocorre mais freqüentemente nas veias mesentéricas superiores que drenam o intestino grosso {B}. Entretanto, ambas as espécies podem ocupar uma ou outra posição, e são capazes de mover-se entre os locais, então, não é possível se afirmar inequivocadamente que uma espécie ocorre apenas em determinada localização. O S. haematobium ocorre mais freqüentemente no plexo venoso da bexiga {C}, mas ele também pode ser encontrado em vênulas retais. As fêmeas depositam ovos nas pequenas vênulas dos sistemas porta e perivesical. Os ovos são movidos progressivamente para o lúmem do intestino (S. mansoni e S. japonicum) e da bexiga e ureteres (S. haematobium), e são eliminados com as {d} fezes ou {d} urina, respectivamente {1}.

Ø  Reservatório - o homem é o principal reservatório de S. mansoni, S. haematobium e S. intercalatum. O homem, cães, gatos, cervos, gado bovino, cavalos e roedores selvagens são hóspedes potenciais de S. japonicum; sua importância epidemiológica varia de região para região.

Ø  Período de incubação  - o período de incubação é geralmente em torno de um a dois meses e é assintomático embora possa aparecer astenia, cefaléia, anorexia, mal-estar e náuseas. As manifestações gerais agudas (febre de Katayama) podem apresentar-se nas infecções primárias, de duas a seis semanas após a exposição, imediatamente antes e durante o primeiro depósito de ovos.

Ø  Período de transmissibilidade - não se transmite de pessoa-a-pessoa, porém pessoas com esquistossomose crônica podem disseminar a infecção ao eliminar ovos com a urina, fezes ou ambos os meios, em coleções hídricas, à medida em que continuem excretando ovos. É freqüente que as infecções por S. mansoni e  S. haematobium no homem durem mais de 10 anos. Os caramujos infectados liberam cercárias durante toda sua vida, o que pode durar de semanas a uns três meses.

Ø  Suscetibilidade e resistência  -  a suscetibilidade é universal existindo variação de graus  de resistência à reinfestação no homem e em animais. A infecção ocorre principalmente entre os 10 e os 40 anos e em crianças em idade escolar. A possibilidade de reinfestação é maior na faixa de 5 a 19 anos. Em áreas hiperendêmicas a maior carga parasitária foi encontrada entre 15 e 26 anos. Foram identificados ovos nas fezes de lactente com três meses de idade.

Ø  Formas clínicas - considerando-se a evolução da doença, a esquistossomose pode ser aguda ou crônica.

ü  Fase aguda: pode se apresentar sob forma leve com diarréia, febrícula, celaféia, sudorese, astenia, anorexia e emagrecimento. Pode, ainda, ter início abrupto, com febre, cefaléia, calafrios, sudorese, astenia, anorexia, mialgia, tosse e diarréia (às vezes, disenteria, acompanhada de dores abdominais e distensão do abdome); náuseas e vômitos são comuns. Manifestações de hipersensibilidade como urticária, prurido generalizado, edema da face, placas eritematosas ou lesões purpúricas também podem ocorrer. Excepcionalmente, os pacientes desenvolvem na fase aguda, quadros clínicos mais graves com icterícia, coma ou abdome agudo (fase aguda toxêmica).
ü  Fase crônica: é a forma clínica habitual, sem hipertensão porta, com que se apresenta a grande maioria de pacientes esquistossomóticos. Varia da ausência de alterações hemodinâmicas acentuadas até às formas clínicas severas com: hipertensão porta, hipertensão pulmonar, síndrome cianótica, glomerulopatias, forma pseudoneoplásica, forma nervosa (com paraplegia de instalação rápida), forma panvisceral, associação com salmonelose septicêmica prolongada e outras associações mórbidas.  Classifica-se em 4 formas:
ü  Tipo 1 ou Forma Intestinal: caracterizada por diarréias repetidas que podem ser muco-sanguinolentas, com dor ou desconforto abdominal, podendo ser assintomática;
ü  Tipo 2 ou Forma Hepatointestinal: presença de diarréias e epigastralgias. Ao exame, o paciente apresenta hepatomegalia, podendo-se notar à palpação, nodulações correspondentes às áreas de fibrose decorrentes da granulomatose periportal ou fibrose de Symmers, nas fases mais avançadas dessa forma clínica;
ü  Tipo 3 ou Forma Hepatoesplênica Compensada: presença de hepato-esplenomegalia. As lesões perivasculares intra-hepáticas geram transtornos na circulação portal e certo grau de hipertensão provocando congestão passiva do baço. Nesse estágio, inicia-se a formação de circulação colateral e de varizes do esôfago, com o comprometimento do estado geral do paciente;
ü  Tipo IV ou Forma Hepatoesplênica Descompensada: são as formas mais graves da doença, responsáveis pelos óbitos. Caracteriza-se por fígado volumoso ou já contraído por fibrose perivascular, esplenomegalia avantajada, ascite, circulação colateral, varizes do esôfago, hematêmese, anemia acentuada, desnutrição e hiperesplenismo. As formas pulmonar e cárdio-pulmonar são formas dos estágios avançados da doença. Outra forma importante é a neuroesquistossomose.

Ø  Diagnóstico - como as diferentes manifestações clínicas da esquistossomose se confundem com muitas doenças, o diagnóstico de certeza deverá ser feito através de métodos diretos e indiretos.

Ø  Métodos diretos

ü  Exame de fezes - ovos de S. mansoni são encontrados nas fezes, sob a forma de ovos viáveis, granulosos ou calcificados; encontram-se, também, cascas de ovos de miracídios livres. Entretanto, somente o encontro de ovos bem formados e com miracídios é que indicam atividade parasitária. Dos métodos de exame de fezes, o mais aconselhável é o de Kato, modificado por Katz e cols. (Método de Kato-Katz).
ü  Biópsia retal - A biópsia é um método de fácil execução e indolor. Na esquistossomose crônica, sem hipertensão portal, uma biópsia retal apresenta cerca de 80% de positividade enquanto que no exame de fezes, 50%.
ü  Outros - raspado retal e  biópsia de órgãos comprometidos (Ex.: biópsia hepática).
Ø  Métodos indiretos

ü  Intradermorreação - Consiste na inoculação de antígeno geralmente preparado com vermes adultos ou cercárias, na face anterior do antebraço, na quantidade de 0,01 a 0,05 ml. Sua interpretação é feita 15 minutos após a inoculação segundo critérios preconizados por Meyer e Pifano (não tem sido utilizada na prática).
ü  Reações sorológicas - Existem vários tipos de reações sorológicas para a esquistossomose, mas não têm ampla aplicação na prática.
Ø  Ultrassonografia hepática - importante no diagnóstico da fibrose de Symmers.

Ø  Tratamento  -  o tratamento tem como base não apenas promover a cura da doença ou diminuir a carga parasitária dos pacientes, mas impedir sua evolução para formas graves. Estudos mostram que a quimioterapia reduz também a hepatoesplenomegalia. Todo caso confirmado deve ser tratado, a não ser que haja contra-indicação médica.
Embora vários medicamentos curem parasitologicamente a esquistossomose (iridazol, antimoniais, miracil D, hicantone, etc.), no Brasil são usados a oxamniquine e o praziquantel.
ü  Oxamniquine: derivado da tetraidroquinolina, é um medicamento com propriedades esquistossomicidas. É recomendado na dosagem de 15 mg/kg de peso para adultos e 20 mg/kg para crianças até 15 anos, em dose única. Existem duas apresentações: cápsulas de 250 mg e suspensão oral contendo 50 mg por ml. 
ü  Praziquantel: derivado da isoquinolinapirazino, é ativo nos três tipos de esquistossomoses humanas e nas teníases. A dosagem recomendada é 50 mg/kg de peso para adultos e 60 mg/kg para crianças até 15 anos, em dose única. É atualmente a droga de escolha em função do custo/tratamento que é menor. O medicamento é apresentado em comprimidos de 600 mg, divisível em duas partes iguais de modo a facilitar a adequação da dose.
Ø  Efeitos colaterais: tonturas, náuseas, cefaléia, sonolência - efeitos comuns aos dois medicamentos, sendo a tontura mais freqüente com Oxaminiquine e náuseas e vômitos com Prazinquantel.
Ø  Contra-indicações: está contra-indicada a utilização das drogas que compõem o arsenal anti-esquistossomose nos seguintes casos: gestação, amamentação (se o risco/benefício compensar o tratamento da mulher nutris, esta só deve amamentar após 24 horas da administração da medicação), crianças menores de 2 anos (imaturidade hepática), desnutrição ou anemia acentuada, infecções agudas ou crônicas intercorrentes, insuficiência hepática grave (fase descompensada da forma hepatoesplênica), insuficiência renal ou cardíaca descompensada, estados de hipersensibilidade e doenças do colágeno, história de epilepsia (convulsão) ou de doença mental (com uso de anti-convulsivantes ou neurolépticos), outras doenças incapacitantes e maiores de 70 anos (a não ser que o risco/benefício compense o tratamento).

Ø  Vigilância Epidemiológica -  a Esquistossomose é uma doença de notificação obrigatória e sua vigilância tem como objetivos evitar a ocorrência de formas graves, reduzir a prevalência da infecção e impedir a expansão da endemia.

Ø  Definição de caso
ü  Suspeito: todo indivíduo residente e/ou procedente de área endêmica para esquistossomose, com quadro clínico sugestivo das formas agudas ou crônicas, com história de contato com as coleções de águas onde existe o caramujo eliminando cercárias. Todo suspeito deve ser submetido a exame parasitológico de fezes.
ü  Confirmado:
ü  Critério clínico laboratorial: todo o indivíduo residente e/ou procedente de área endêmica para esquistossomose, com quadro clínico compatível, com história de exposição a águas onde existe o caramujo eliminando cercárias, e que apresente ovos viáveis de S. mansoni nas fezes. A realização de biópsia retal ou hepática, quando indicada, pode auxiliar na confirmação diagnóstica, embora seja mais indicado, na rotina, a repetição de vários exames de fezes. Todo caso confirmado deve ser tratado, a não ser que haja contra-indicação médica.
ü  Descartado: caso suspeito ou notificado sem confirmação laboratorial.
Ø  Notificação
Todos os casos de forma grave de esquistossomose em ÁREA ENDÊMICA, e todos os casos de esquistossomose diagnosticados FORA DA ÁREA ENDÊMICA e em ÁREA ENDÊMICA COM FOCOS ISOLADOS (Pará, Piauí, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Goiás, Distrito Federal e Rio Grande do Sul), devem ser notificados.
Ø  Medidas de controle 
Primeiras medidas:
ü  Assistência médica ao paciente: tratamento ambulatorial e acompanhamento de cura (três exames de fezes seqüenciados no quarto mês após o tratamento). A internação hospitalar é indicada nas formas clínicas graves.
ü  Qualidade da assistência: verificar se os casos com confirmação laboratorial (coproscopia positiva para S.mansoni) foram investigados, tratados e acompanhados, se foram orientadas e adotadas as medidas de Educação em Saúde e de proteção ambiental (saneamento básico, drenagens, aterros ou outras obras de engenharia sanitária).
ü  Proteção individual para evitar a propagação da transmissão: tratamento de todas as pessoas infectadas ou reinfectadas positivas para S. mansoni ao exame laboratorial.
ü  Confirmação diagnóstica: laboratorial (presença de ovos de S. mansoni nas fezes).
ü  Proteção da população: busca ativa periódica, sistemática e prolongada de casos, investigação e exames dos contatos para detecção da (s) fonte(s) de infecção, adoção de medidas de Educação em Saúde e ambiental comunitária.
ü  Investigação: consiste na obtenção detalhada de dados do caso, mediante o preenchimento da Ficha de Investigação de Esquistossomose (ver Ficha SINAN), com o objetivo, principalmente, de determinar o local ou locais de riscos e onde possivelmente ocorreu a transmissão do caso, visando o direcionamento das ações de controle. A investigação deve ser realizada em todos os casos notificados nas áreas indenes vulneráveis, nas áreas focais em vias de eliminação e nas áreas endêmicas, somente nos casos de forma grave notificados.  Uma vez concluída a investigação, o caso deverá ser classificado como:
ü  Autóctone – se a transmissão ocorreu no mesmo município onde ele foi investigado;
ü  Importado  -  se a transmissão ocorreu em outro município diferente daquele em que ele foi investigado;
ü  Indeterminado – se o local da transmissão é inconclusivo;
ü  Descartado – se o caso suspeito ou notificado não tiver confirmação laboratorial.
Ø  Investigação Epidemiológica
ü  Identificação do paciente: preencher todos os campos dos itens da Ficha de Investigação Epidemiológica do SINAN, relativos aos dados gerais, notificação individual e dados de residência.
ü  Coleta de dados clínicos e epidemiológicos
ü  Para confirmar a suspeita diagnóstica: anotar, na Ficha de Investigação, dados da história e manifestações clínicas.
ü  Para identificação da área de transmissão: verificar o local de procedência do doente, efetuar exame coproscópico dos conviventes e  pesquisa malacológica (realizada pela SUCEN/SES-SP), com identificação dos caramujos nas coleções hídricas existentes.
ü  Para determinação da extensão da área de transmissão: observar as condições locais que favorecem a instalação de focos de transmissão da doença:
ü  a distribuição geográfica dos caramujos hospedeiros intermediários: Biomphalaria glabrata, B. straminea e B. tenagophila;
ü  os movimentos migratórios de caráter transitório ou permanente de pessoas oriundas das áreas endêmicas;
ü  tanto em áreas rurais quanto urbanas, a investigação deve ser conduzida para identificar os locais de transmissão visando à eliminação.
Ø  Conduta frente a um surto a ocorrência de surtos de esquistossomose é rara e, geralmente, só acontece quando grupo de jovens (escolares, recrutas, turistas, etc.) residente em área indene, viaja para área endêmica e, inadvertidamente, entra em contato com coleções hídricas contaminadas com cercárias e desenvolve a forma aguda da doença. Nestes casos, todo o grupo deve ser examinado parasitologicamente, investigado e os casos positivos tratados e acompanhados para verificação de cura.
Ø  Análise de dados
Os dados colhidos pela Vigilância Epidemiológica deverão ser analisados quanto ao desempenho das medidas de controle e ao estudo de tendência da doença. A análise deverá levar em consideração, entre outras, às seguintes variáveis: faixa etária, sexo, distribuição geográfica, número de ovos por gramas de fezes, etc.
Ø  Encerramento de casos
ü  Confirmado por critério laboratorial: qualquer caso suspeito que apresenta ovos de S. mansoni nas fezes.
ü  Óbitos: não tendo sido feito exame parasitológico de fezes, considerar caso confirmado aquele com achado de ovos de S. mansoni no exame histopatológico.
ü  Caso descartado: caso notificado mas cujo resultado laboratorial não foi confirmado ou teve como diagnóstico outra doença.
Ø  Outras medidas de controle
ü  Controle de hospedeiros intermediários (ações integradas entre os vários níveis de governo - municipal e estadual, local, regional e central, vigilância epidemiológica, SUCEN, vigilância sanitária, órgãos de saneamento básico e ambiental, etc.).
Ø  Observar as condições locais que favorecem a instalação de focos de transmissão da doença:
ü  Medidas de saneamento ambiental, para dificultar a proliferação e o desenvolvimento dos hospedeiros intermediários, bem como impedir que o homem infectado contamine as coleções de águas com ovos de S. mansoni.
ü  tratamento químico com moluscocidas das coleções de águas;
ü  o controle biológico dos moluscos, embora desejável, na prática ainda não tem se mostrado eficaz.
Ø  Ações de Educação em Saúde
A Educação em Saúde deve preceder e acompanhar todas as atividades de controle. A orientação da população, quanto às maneiras pelas quais se previne as doenças transmissíveis, é fator indispensável para o sucesso de qualquer campanha profilática. São realizadas pelos agentes de saúde e por profissionais das unidades básicas, tendo como púbico alvo a população geral e os escolares de localidades de áreas endêmicas. Utiliza-se vária técnicas pedagógicas e meios de comunicação de massa.
As ações de Educação em Saúde e a mobilização comunitária são muito importantes no controle da esquistossomose, basicamente para promover atitudes e práticas que modificam as condições favorecedoras e mantenedoras da transmissão.
Ø Estratégias de prevenção
A esquistossomose é, fundamentalmente, uma doença resultante da ausência ou precariedade de saneamento básico.

Ø Controle dos portadores

ü Identificação e tratamento dos portadores de S. mansoni, por meio de inquéritos coproscópicos.
ü Quimioterapia específica, visando reduzir a carga parasitária e impedir o aparecimento de formas graves.

 Ø Controle dos hospedeiros intermediários

ü Pesquisa de coleções hídricas, para determinação do seu potencial de transmissão.
ü Tratamento químico de criadouros de importância epidemiológica.
ü Modificação permanente das condições de transmissão.
ü Educação em Saúde e mobilização comunitária.
ü Saneamento ambiental nos focos de esquistossomose.

Ø Coproscopia

A coproscopia para a detecção dos indivíduos infectados pelo S. mansoni e o conseqüente tratamento, são medidas dirigidas de maneira direta e mais imediata ao objetivo principal do Programa: controlar a morbidade, especialmente prevenindo a evolução para as formas graves da doença. Essas ações de diagnóstico e tratamento podem ser viabilizadas com ampla cobertura, devendo ser integradas também à rotina dos serviços de atenção primária de Saúde (Rede Básica de Saúde).
Ø  Operações de malacologia
As operações de malacologia são de natureza complementar e têm sua indicação nas seguintes situações:
ü levantamento de áreas ainda não trabalhadas;
ü investigação e controle de focos;
ü áreas bem delimitadas de altas prevalências.

Ø Ações de Educação em Saúde

As ações de Educação em Saúde e mobilização comunitária são muito importantes no controle da esquistossomose, basicamente para a efetivação de atitudes e práticas que modifiquem positivamente as condições favorecedoras e mantenedoras da transmissão.

Ø Ações de saneamento ambiental

As ações de saneamento ambiental são reconhecidas como as de maior eficácia para a modificação, em caráter permanente, das condições de transmissão da esquistossomose. Incluem: coleta e tratamento de dejetos; abastecimento de água potável; instalações hidráulicas e sanitárias e eliminação de coleções hídricas que sejam criadouros de moluscos. Essas ações de saneamento deverão ser simplificadas e de baixo custo, a fim de serem realizadas em todas as áreas necessárias.